Nas nossas viagens,
tivemos oportunidade de ver
três lugares verdadeiramente grandiosos:
Versalhes (Paris),
Roma (Itália)
e Istambul (Turquia).
Incrível ter oportunidade de ver
ao vivo e a cores
histórias de séculos antes de Cristo !!!
Ou seja, mais de 2012 anos !!!
Existem as que são maravilhosas,
. dia 06/05/2012 – Domingo – Pazar
O Hotel nos ofereceu o translado do Aeroporto de Istambul (Istanbul Atatürk International Airport – Atatürk Hava Limani), a 23 km de Sultanahamet.
O hotel era exatamente como havia imaginado: uma casa linda, um quarto lindo e amplo, inclusive, com uma sala onde ficava a TV de plasma, poltronas, armário, telefone, mesa para o computador com acesso a internet.
São apenas 4 suites: Vienna, Mumbai, Sultan e Pascha.
Küçük Ayasofya Mahallesi
Küçük Ayasofya Medresesi Sokak nº 6
Kadirga – Sultanahmet – Old City Sultanahmet
http://www.villahagiasophia.com/
Continuamos com um City Sightseeing pela cidade. Um espetáculo !!!
Fizemos o city tour completo, tomando e descendo do ônibus em Sultanahmet Center, nas proximidades de Santa Sofia.
Compramos o City Sightseeing, combinado com o Bosphorus Cruise, que fizemos num outro dia.
Após o city tour, visitamos a La Cisterna Basilica Yerebatan Sarnici ou Palácio Submerso, um dos pontos mais curiosos do bairro. Aberta diariamente das 9 às 17:30 horas.
Uma pequena construção, na Yerebatan Caddesi, 13, mais parece uma casa de máquinas, quase passando desapercebida dos mais apressados, é a entrada para uma gigantesca cisterna bizantina, que alimentava com água potável os palácios da realeza.
‘A audição é o primeiro dos sentidos a ser completamente arrebatado ao começarmos a descer a escada que leva ao subsolo onde está a Cisterna da Basílica. Logo no primeiro degrau e a cada novo degrau deixado para trás a emoção vai aumentando, na mesma proporção. A segunda, completa e arrebatadora abdução se dá com a visão.’ (Arnaldo Interata)
Esta não é a única, mas a maior das 60 cisternas construídas em Istambul durante o período bizantino.
Era comum na época os soldados inimigos envenenarem as fontes de água potável, deste modo, foram construídas grandes cisternas dentro da cidade. Como não havia nascentes de água suficientes dentro das muralhas bizantinas, a água era trazida de nascentes a 25 km ao norte da cidade.
Construída em 532, armazenava água trazida pelo Aqueduto de Valens*. Com 70 m de largura e 140 m de comprimento, tinha capacidade para armazenar 80 mil m³ de água.
* Aqueduto de Valens construído em 375, sob a ordem do Imperador Romano Valens, acredita-se que em seu lugar haveria outro aqueduto. Restaurado no século VI, sob a ordem de Justiniano; no século VII, sob Constantino e no século XI, sob Basileus era utilizado no transporte da água que vinha da floresta de Belgrado para o Numphaion (fonte monumental) na Praça de Beyasid. A altura do Aqueduto de Valens é de 64 m do nível do mar e 20 m do solo. Sua extensão original era de 1 km, atualmente é de 800 m.
Na sua construção foram usadas 336 colunas de mármore, de diferentes estilos arquitetônicos, colocadas a cada 4 m, em 12 linhas de 28 colunas cada. São 10 mil m² de superfície com pé-direito de 8 m.
Utilizada até o século XIX, em 1987 houve um trabalho de restauração e a cisterna foi aberta ao público para visitação. Foram criados efeitos sonoros e de iluminação, criando um clima místico.
A visita é feita através de passarelas suspensas e apenas 2/3 delas pode ser conhecido.
Duas cabeças de medusa* foram usadas como base de colunas. Uma das imagens está de cabeça para baixo e a outra de lado, sem que se saiba a razão.
* Medusa foi um mito, mulher, que segundo a lenda, teve seus cabelos transformados em serpentes, o que tornou seu rosto tão horrível de se contemplar que qualquer um que a olhasse diretamente era transformado em pedra. Apesar de citada como um ícone de beleza, seu nome passou a designar, no uso comum, um monstro. As gravuras de Medusa decoravam os telhados dos templos gregos, com o objetivo de assustar os maus espíritos. As mais famosas destas gravuras estiveram nos frontões do Templo de Ártemis na Ilha de Éfeso. A figura de Medusa aparecia no fundo das taças de vinho atenienses nos meados do século VI a.C., indicando quando a taça necessitava ser enchida, caso contrário, se veria a figura desvendada e se transformaria em pedra.
As paredes da cisterna são de tijolos cerâmicos e recobertos com uma camada especial á prova d’água.
Nela James Bond apareceu em um barco no filme Moscou Contra 007.
Neste miolo histórico, à um canto na direção do mar, outro marco de Istambul, o Palácio Topkapi Sarayi ou Saray-I Cedice-I Amire, nome original, um típico cenário das ‘Mil e Uma Noites’, que inspirou Mozart a escrever uma ópera, autores diversos a escreverem livros e romances, filmes românticos e de ação e muitas lendas e mitos, algumas das quais se descartam por não crer possíveis, como a do filho do Sultão Suleiman, que dizem ter morrido afogado na própria banheira após tomar um pileque. Mas há algumas que são história, como a de Roxelana, concubina ucraniana do Sultão Suleiman, que tantas fez até que conseguiu persuadir o sultão a se casar com ela, depois de uma série de manobras e artimanhas, típicas de novela das oito, contra suas rivais e assessores do futuro marido.
Topkapi significa Porta (kapi) Redonda (top).
Localizado numa colina, lugar que recebeu o nome de Seraglio ou Sarayburnu, ponto exato onde o Corno de Ouro encontra o Estreito de Bósforo e o Mar de Mármara, convertido em Museu em 1924, o Arkeoloji Muzesi, oferece um valioso acervo, guardado e proibido por tantos anos, além de suas instalações, sua história e curiosidades.
Por mais de 400 anos residência dos sultões, com seus haréns e de milhares de empregados civis e militares, centro administrativo do Império Otomano, além de ter sido o Palácio Real de Constantino, hoje o mais espetacular Museu do país, com mostras da exuberância dos tempos otomanos.
Suas salas guardam verdadeiras relíquias da época dos sultanatos. Na Sala do Tesouro estão expostas as armas dos sultões e joias, como o Diamante do Comerciante de Colheres, em forma de pera, de 86 quilates, emoldurado por 49 brilhantes e o Trono de Festas, inteiramente recoberto por 250 kg de ouro. Há uma ala contendo roupas de seda, veludos e brocados. Impressionante a armadura do Sultão Mustafá III, toda ornamentada com pedras preciosas e a Casa da Felicidade, antiga sala do harém, onde há peças usadas supostamente por Maomé, como seu cajado. A construção, rodeada por muralhas e torres, tem quatro pátios com jardins floridos.
Babihümayn Caddesi
aberto de 4ª feira à 2ª feira, das 9:30 às 17 horas
harém: das 10 às 12 horas e das 13 às 16 horas
Foi o Sultão Fatih Mehmet quem o construiu, logo após a conquista de Constantinopla em 1453.
Entre 1475 e 1478, o Sultão viveu num palácio próximo ao Grand Bazar, no bairro Beyezid, para acompanhar e comandar as obras. Ao final da construção, toda a sede do governo mudou-se para o Palácio Topkapi, sendo que a família do sultão continuou a viver no Palácio em Beyezid por mais 80 anos.
O palácio é circundado por muralhas com cerca de 5 km de extensão e tem uma área total de 700 mil m², o que equivale a duas vezes a área do Vaticano; três entradas pelo mar e quatro por terra e cerca de 5 mil pessoas, entre os membros da família real, dirigentes, soldados, criados e concubinas.
A planta geral do palácio é constituída por duas partes, a Enderum, na qual viviam o Sultão e sua dinastia e a Birum, onde viviam os empregados civis que executavam trabalhos governamentais; grandes áreas externas; jardins centrais, com edifícios ao redor.
Contornando Santa Sofia, encontra-se a entrada principal do palácio, a Bab-I Humayun, datada de 1478.
Em frente à essa porta fica uma fonte construída por ordem do Sultão Mehmet II, O Conquistador. Naquele tempo vendia-se ‘sherbet’, uma bebida doce feita à base de fruta, em lojinhas à volta desta fonte.
Adentrando a porta Bab-I Humayun, um enorme pátio, em cujo lado direito se podia ver os edifícios da esquadra de polícia, a área de estacionamento, as residências dos empregados do palácio, as ruínas do hospital e da padaria do palácio. Atrás de tudo, o Mar de Mármara.
O conjunto de construções que formam o primeiro pátio do palácio, Alay Meydani, já no interior das muralhas, é composto por uma fileira de pequenas casas de madeira, uma igreja bizantina e um belo parque-jardim com vista para o mar.
Esse parque era uma área de serviços com uma padaria, um hospital, casa da moeda e o colégio, onde ficava também o alojamento dos Janízaros (Novo Exército), regimento formado no século XIV por soldados que eram a força de elite do Sultão.
Do lado esquerdo, a Igreja de Santa Irene, Aya Irini Kilisesi, em turco, Hagia Irene, em grego, antiga tesouraria otomana e o Museo Arqueológico de Istambul (Arkeoloji Müzesi).
A Igreja de Santa Irene está aberta ao público todos os dias, exceto às 2ª feiras, mas requer uma permissão especial de entrada. O Imperador Constantino I ordenou a criação desta igreja no século IV. Durante a Revolta de Nika, em 532, foi destruída. Justiniano I a restaurou em 548, tendo servido como sede do Patriarcado de Constantinopla até a finalização de Hagia Shopia em 537. No século VIII um terremoto causou-lhe sérios danos. O Imperador Constantino V ordenou sua restauração. Nos séculos XI e XII se realizaram diferentes restaurações e ampliações. Depois da queda de Constantinopla, foi adicionada ao interior do palácio, tendo sido usada como arsenal, armazém, se convertendo em museu de armas no reinado do Sultão Ahmet III. Desde 1980 é usada como sala de concertos durante o Festival de Música de Istambul no verão.
Depois que se cruza o pátio, passa-se pela porta Bab-us Selam, Portão das Saudações, construído em 1524 por Süleyman, O Magnífico, segunda principal porta do palácio. Nas duas torres ao lado do portão ficavam os prisioneiros condenados à morte, antes de sua execução. Numa fonte no jardim dizem que os carrascos lavavam as espadas com as quais decapitavam os condenados à morte. Do lado direito da entrada podem ser vistas algumas carruagens dos sultões.
Ao passar por esta porta, um enorme jardim com 130 m x 160 m, cheio de ciprestes muito antigos e diversas outras árvores. Na época também haviam animais exóticos.
O segundo pátio do Palácio Topkapi, Divan-i Humâyûn, era o local onde os empregados do estado eram pagos, onde ocorriam celebrações importantes, como coroações e funerais e também onde dignatários estrangeiros eram recebidos e onde ocorriam entretenimentos especiais para eles.
Aqui ficam os prédios mais importantes do palácio: a Biblioteca de Ahmet III, o Tesouro, as Cozinhas (Saray Mutfaklari), o Divan, o Harém*, o Pavilhão Bagdá, o Pavilhão da Circuncisão, o Pavilhão do Manto Sagrado, o Pavilhão Iftariye, a Sala do Trono e as exposições de armas e armaduras, de relógios, de miniaturas, de manuscritos, de trajes imperiais, além do Restaurante Konyali, com uma bela vista do encontro das águas no Estreito de Bósforo.
* A palavra Harém vem do árabe ‘Haram’, ‘proibido pela religião’ e descreve o lugar onde o sultão vivam com sua família.
Na entrada do Harém do Sultão, o Portão da Felicidade, Bab-üs Saade ou Bab-üs Saadet, construído no século XV, reformado e alterado no século XVII, durante o reinado de Mahmud II. Este portão era também chamado de Portão dos Eunucos Brancos e dava acesso aos prédios e cômodos onde viviam e trabalhavam os sultões e vizires (ministros dos príncipes muçulmanos) e onde ficavam as câmaras de audiência.
Os vizires eram presididos pelo Grão Vizir e se reuniam no conselho de estado quatro dias por semana para tomar decisões de política interna e internacional.
Na parte superior, um quarto atrás da janela foi planejado para que o Sultão pudesse observar e ouvir, sem ser visto, o que se passava nessas reuniões.
Bem defronte ao portão há uma pedra que marca o lugar exato onde foi fincada a primeira bandeira com o símbolo do Profeta Maomé.
O edifício, que fica na entrada do Harém, Kubbealti, era o centro da administração do Império. A torre de 40 m de altura, situada sobre ele, era chamada Torre da Justiça, tendo sido construída como torre do relógio, tornando-se um dos símbolos da arquitetura, não só do Palácio, mas também de Istambul. É possível subir a torre, de onde se tem uma bela vista dos arredores do palácio.
Cerca de 5 mil pessoas trabalhavam no palácio e quase 25% delas servia na cozinha, onde havia três seções: uma para o Sultão, uma para os serventes e uma apenas para as sobremesas (‘helvahane’). Neste prédio das cozinhas ficava os dormitórios dos empregados, uma mesquita, os banhos e a despensa. As cúpulas da cozinha principal foram construídas no século XV e são um símbolo do Palácio, porque podem ser vistas de longe. Sobre estas cúpulas, as chaminés construídas depois do incêndio de 1574. Nestas cozinhas eram preparadas cerca de 20 mil refeições por dia e abrigam a terceira maior coleção de porcelana do mundo, constituída por 12 mil peças, das quais 3 mil estão expostas, cronologicamente, da Dinastia Tang (séculos VII-IX), da Dinastia Seladon (séculos X e XII) e da Dinastia Ming (séculos XIV e XVII). No fim há porcelanas européias dos séculos XVIII e XIX, de Sevres, Vicente, Meissen, Berlim e Varsóvia, além das japonesas do século XVII. No final da cozinha de doces há um lugar que servia para a produção de sabão e óleos consumidos no palácio em grande quantidade.
O Harém tinha 300 quartos, 46 toaletes, 8 banhos turcos, 4 pequenas cozinhas, 2 mesquitas, 6 despensas, uma piscina e um hospital construídos numa área total de 6.700 m², composta por três pátios com os quartos dispostos à sua volta e que pertenciam à Rainha-Mãe, às mulheres do Sultão, ao príncipel herdeiro, às concubinas e aos ‘Eunucos Negros‘, responsáveis pela proteção do Harém.
Os Eunucos Negros eram homens muito fortes, tornados escravos durante as guerras na África e cerca de 40 deles viviam no Harém, exercendo funções que dependiam da força masculina. O Chefe dos Eunucos era a terceira pessoa mais importante depois do Sultão e da Rainha-Mãe.
O Harém ficava isolado do mundo exterior, sendo a entrada privilégio de parentes mais próximos do Sultão, dos que nele trabalhavam e, em determinados dias e em alguns quartos, por três grupos de profissionais: os médicos para o exercício de suas consultas de rotina, os professores dos príncipes e os músicos convocados para certas cerimônias.
Não muçulmanos não podiam entrar no Harém a nenhum título ou hipótese.
Enquanto alguns sultões tinham apenas quatro mulheres, como permitido pelo Islã, alguns tinham centenas de mulheres, todas vivendo no Harém. Diz-se que havia cerca de 1.200 mulheres no Harém na época do Sultão Murat III, que passou quase toda sua vida com as mulheres, ignorando os trablhos de estado.
Quase todas as mulheres que viveram no Harém, incluindo-se as do Sultão, além dos criados, eram escravizados, comprados em mercados escravos ou oferecidos ao Sultão e depois tornados muçulmanos.
Em geral, estas mulheres eram bonitas e de várias partes do mundo. Nem todas eram fiéis ao Sultão e à dinastia otomana. Sentenciadas a viver no Harém, por terem tido suas famílias escravizadas ou mortas pelos otomanos, vivam num clima de competição, traição e brigas. Uma vez que o sultanato passava do pai para o filho mais velho, tinham por objetivo dar à luz o primeiro filho do Sultão, tornando-se, assim, sua preferida, uma ‘haseki’. Este clima ruim se estendia também à relação com a Rainha-Mãe, já que esta era a dona absoluta do Harém e a segunda pessoa mais importante depois do Sultão, no que diz respeito à influência na administração do Império.
Alguns novos edifícios foram sendo construídos ao longo dos anos, quer substituindo os de madeira, completamente destruídos no incêndio de 1666, quer por ampliações.
Na Tesouraria Estrangeira, ao lado de Kubbealti, eram cobrados e registrados os impostos, feitos aos pagamentos e todas as demais atividades de tesouraria. Hoje o espaço é ocupado pela Exposição de Armaduras, dentre as quais destacam-se as espadas do Sultão Mehmet I, O Conquistador e de Muaviye, um dos comandantes do Islã; a armadura do cavalo do Sultão Yavuz Selim, que conquistou o Oriente Médio; armas estrangeiras; espingardas; espadas de carrascos; lanças iranianas e turcas; conjuntos de arco e flecha; escudos e armaduras dos séculos XVI e XIX.
Há duas passagens para o quarto e último pátio do palácio, Sofa-I Hümayun, que levam ao Jardim das Tulipas dos sultões. As flores deste jardim florescem em abril e maio e os sultões tinham prazer em observá-las das varandas do Pavilhão Sofa, no canto do jardim. À esquerda do jardim chega-se ao Terraço do Corno de Ouro, de onde se tem a melhor vista dos bairros Eminonu, Galata e das pontes do Corno de Ouro. Num lado do terraço fica o Pavilhão Bagdad, construído durante o reinado de Murt IV, em 1638 e do outro lado, a Sala Sunnet, Sala da Circuncisão e no fim do jardim, do lado do Mar de Mármara ficam o Hekimbasi Odasi e o Pavilhão Mecidye, últimos edifícios construídos (1840) antes do Palácio ter sido abandonado. Se a visita for na primavera, é possível ver a tulipa negra.
E como se fosse pouco, há, ainda, o Museu de Arqueologia, anexo ao Palácio, rodeado pelo Parque Gülhane. Fundado em 1897 e instalado no coração do Palácio Topkapi.
Topkapi Sarayi
de 4ª a 2ª feira, das 11 às 17 horas
Konyali (restaurante), com uma bela vista do encontro das águas no Estreito de Bósforo.
http://www.konyalilokanatasi.com/
Retornando, em direção ao hotel, em frente à Mesquita Azul, o Obelisco Dikilitas ou Obelisco de Teodosio ou Obelisco Egípcio, um dos monumentos mais antigos da cidade, com impressionantes 3.500 anos, trazido do Templo de Amon, na região de Luxor, no Egito, pelo Imperador bizantino Teodósio I.
Esse obelisco de pedra, da época de Tutmés III, foi feito em 1.500 a.C. e teve, a princípio, 30 m de altura, contudo, em decorrência de seu transporte ou de seu reerguimento mede, hoje, 18,5 m ou 25,6 m se considerada sua base, quatro cubos de bronze maciços colocados em cada uma das suas quatro esquinas e estes sob um pedestal bizantino, especialmente esculpido para ele, com figuras que representam o Imperador Teodósio I e sua família assistindo aos eventos esportivos. Numa delas Teodósio oferece a coroa de louros ou coroa da vitória ao ganhador das carreiras de carroças.
A Coluna Salomônica, também, conhecida como Coluna Serpentina ou Coluna Torsa, veio do Templo de Apolo, em Delfos, na Grécia, que supõe-se ser de 479 a.C.. Seu nome procede da denominação dada pelos arquitetos barrocos a partir da descrição feita na Bíblia das colunas do Templo de Jerusalém, destruído em 587 a.C. Esse Templo teria duas colunas principais, com corpo retorcido em forma helicoidal, produzindo efeito de movimento e simbolizando a força e a estabilidade. Sobre seu topo haveriam três cabeças de serpentes, que teriam sido arrancadas e danificadas, no século XVIII, por um nobre polonês bêbado, estando uma delas no Museu Arqueológico de Istambul.
Outro obelisco, a Coluna de Constantino Porfirogeneto, leva o nome do Imperador que a restaurou no século X, conhecida como coluna de bronze porque acredita-se que era revestida deste metal. O estado em que se encontra, toda esburacada, deve-se ao fato de que era costume dos Janízaros* escavá-la para testar sua bravura.
* Janízaros, soldado turco de infantaria, da guarda do sultão.
Encerramos nosso dia jantando num restaurante bem próximo de nosso hotel, o Saray Restaurant & Cafe, onde voltamos outras vezes, na Küçük Ayasofya Mahallesi, onde comemos: karides Güveç (moqueca de camarão), künefe (sobremesa) e elma cayi (chá de maçã).
http://www.sarayrestaurantcafe.com/
. dia 08/05/2012 – 3ª feira – Sali
Istambul é uma cidade muito grande e bonita, como opção ao turco se tem o inglês. É preciso se virar em uma das duas, pois nada entem em português ou espanhol. Mas, nos viramos bem. Sempre digo, quem tem boca vai não só a Roma como a qualquer lugar. Se ficar travado, não vai a lugar nenhum.
Os turcos envolvidos com o comércio ao nos identificar como brasileiros, soltavam, imediatamente, mencionam ‘carnaval’, ‘samba’ e até mesmo ‘aí se eu te pego’, incrível não ?
Nos fundos da Mesquita Azul, o Bazar Arasta, Arasta Carsisi, lojas instaladas nas antigas cocheiras: tapetes, roupas de couro, cerâmicas, souvenires, como as páginas de iluminuras douradas, supostamente recortadas de livros antigos.
Um passeio pelas ruas ao redor, além de agradável, revela edificações antigas, feitas em madeira, construídas no século XVIII.
Quando do City Sightseeing, compramos o combinado com o Bosphorus Cruise. Assim, voltamos ao ponto do ônibus, em Sultanahmet Center, nas proximidades de Santa Sofia, para seguir com o guia para o passeio.
No caminho uma parada no Bazar das Especiarias, também, conhecido como Bazar Egípcio, o Misir Carsisi, nele eram comercializados muito produtos vindos do Egito.
Era um importante centro comercial entre Europa e Oriente por estar situado no meio da rota produtor-consumidor.
Hoje, fundamentalmente, são vendidas especiarias, ervas curativas, alimentos como carnes secas (‘pastirma’), queijos, doces típicos, geléias, mel, afrodisíacos, vários tipos de nozes, esponjas de banho naturais, essências e perfumes. Autêntico, exótico e oriental.
Na Hayat Kuruyemis, loja nº 8, compramos os chás de maçã e de romã, tradicionalíssimos.
De frente para a Ponte Gálata, este Bazar foi construído com o objetivo de gerar fundos para as obras assistenciais da Mesquita Nova. Foi inaugurado em 1660 e contava com aproximadamente 80 lojas.
Sua planta tem a forma de um L invertido e, embora bem menor que o Grand Bazar, é possível perder a orientação em seu interior.
Estreito de Bósforo, Istanbul Bogazi, em turco: ‘Passagem da Vaca‘, segundo a mitologia*, canal de 30 km, entre os mares Negro e de Mármara, que separa os dois continentes, o lado asiático, residencial, do lado europeu, que em seu ponto mais estreito, Rumeli Hisari, distam apenas 650 m.
Segundo o escritor Orhan Pamuk, nele há correntes, ventos, ondas, profundeza e trevas.
* A beleza de Io despertou a paixão de Zeus, que para cortejá-la cobriu o mundo com um manto de nuvens escuras, escondendo seus atos da visão de Hera, sua irmã e terceira esposa. A estratégia falhou e Hera, desconfiada, desceu o Monte Olimpo para averiguar o que estava acontecendo. Numa vã tentativa de iludir a esposa ciumenta, Zeus transformou sua amante em uma belíssima novilha branca. Intrigada pelo interesse do marido no animal e ao mesmo tempo maravilha com sua beleza, Hera exigiu a novilha para si e a pôs sob a guarda do gigante Argos Panoptes, que ao dormir mantinha abertos cinquenta de seus cem olhos. Zeus, então, encarregou Hermes de libertar sua amada. Para tanto, o mensageiro dos deuses, usando a flauta de Pã, pôs para dormir os olhos despertos de Argos, enquanto os outros dormiam um sono natural e cortou sua cabeça. Hera recolheu os olhos de seu servo e os pôs na cauda do pavão, animal consagrado a ela. Io estava livre do cativeiro, mas não dos tormentos de Hera. O fantasma de Argos continuava a persegui-la. Para piorar sua situação, a deusa enviou um moscardo para picar a novilha constantemente durante sua fuga. Io perambulou de Micenas para Eubéia. Atravessou a Ilíria e subiu o Monte Hemos, na Trácia. O mar, cujas praias percorreu, recebeu o nome de Mar Jônio. O Estreito de Bósforo, que liga o Mar de Mármara ao Mar Negro, cujo significado é Passagem da Vaca, assim batizado após Io tê-lo cruzado a nado. Atravessou a Cíntia e ao chegar ao Monte Cáucaso encontrou Prometeu acorrentado em uma rocha. O titã disse que ao alcançar o Egito ela teria restaurada sua forma humana por Zeus e teria um filho. A criança seria a primeira de uma linhagem que culminaria com Hércules, que acabaria por libertar o próprio Prometeu. Io finalmente chegou às margens do Nilo. Cansada de tanto sofrimento, implorou a Zeus por um fim. O Deus comovido foi falar com Hera e ambos restauraram sua forma humana. Io teve um filho, Épafo, que foi roubado pelos Curetes sob as ordens de Hera. Io recuperou o menino e reinou sobre o Egito, sob nome de Ísis, casada com Telégono. Sua coroa tinha dois pequenos chifres de ouro, lembrança de sua transformação.
Desde que o Imperador Persa Darius construiu uma ponte de barcos em 490, daí em diante os governantes sonharam construiur uma ponte elevada sobre o Bósforo, que ligasse a Ásia à Europa. Essa ponte, de 1.074 m de comprimento, inaugurada em 1973, 50º aniversário da República Turca, Ponte do Bósforo, pôs fim à travessia que, até então, era feita por embarcações.
O dinheiro arrecadado com o pedágio cobrado pagou o custo da ponte muito mais rapidamente do que o previsto, possibilitando a construção de outra ponte, Ponte Fatih Sultão Mehmet ou Fatih Köprüsü (Ponte do Conquistador), a mais ou menos 5 km ao norte da primeira, com 1.090 m de comprimento, terminada em 1988.
Há, ainda, um túnel ferroviário, com 13,7 km, dos quais 1.400 m passam sob o estreito a uma profundidade de 55 m.
Chifre de Ouro ou Corno de Ouro (Haliç, em turco), um estuário, com 7 km de comprimento, formando um porto natural, com a forma de chifre, dividindo o lado europeu:
. ao sul fica o distrito dos bazares e o bairro antigo e turístico de Sultanahmet e
. ao norte, Beyogli e Taksim, a parte moderna, centro financeiro da cidade.
Este lugar foi originalmente colonizado por gregos, que aí fixaram o quartel-general naval do Império Bizantino.
Na época do Império Romano, quando a cidade já tinha sido renomeada de Constantinopla, muros foram construídos ao longo da costa para proteger a cidade de ataques navais. Na entrada do Corno de Ouro havia uma barreira flutuante, de Constantinopla à Torre de Gálata, para evitar que navios indesejados entrassem no porto.
Sem sua navegação, alguns dos pontos da antiga União Soviética não teriam ligação com o resto do mundo.
Na margem do Corno de Ouro, junto à Ponte de Gálata, no bairro Eminönü, fica uma das inúmeras estações de ferryboats que cruzam o Corno de Ouro e o Estreito de Bósforo, a Bogaz Iskelesi (Terminal 3) (Bogaz significa Estreito e Iskelesi significa Doca, Estação), a que mais interessa aos turistas, com cruzeiros que vão para os subúrbios asiáticos de Üsküdar, praticamente, na desembocadura do Bósforo no Mar de Mármara; Haydarpasa e Kadiköu.
Üsküdar é uma das ocupações humanas mais antigas da região, anterior mesmo à fundação de Bizâncio e é um dos lugares menos turísticos e mais pé-no-chão, revelando o dia-a-dia de um istambulita médio.
As docas estão sempre marcadas com os nomes dos destinos (estações) e, em geral, todos os ferryboats são designados Bosphorus Tours.
A viagem de Eminönü à Anadolu Kavagi, uma vila de pescadores, último ponto do Estreito antes de se chegar ao Mar Negro, leva cerca de 1h 30m, com a primeira saída às 10:35 horas de Eminönü e paradas nas estações de: Besiktas (margem européia), Kanlica (margem asiática), Yeniköu (margem européia), Rumeli Kavagi (margem européia) e Anadolu Kavagi (margem asiática).
Na Estação de Kalinca é vendido um ‘típico iogurte fresco’, que só se encontra aí, cujo consumo é seguro e que faz séria concorrência aos deliciosos iogurtes gregos.
Dada a importância do estreito na defesa de Istambul, os sultões otomanos construíram uma fortificação em cada lado dele, em Rumeli Kavagi, Rumeli Hisari (1451)* e em Anadolu Kavagi, Anadolu Hisari (1393)**.
* ruínas da fortaleza do século XV (1452), mandada construir por Mehmet, O Conquistador, em granito das costas do Mar Negro.
** ruínas do castelo bizantino, construção típica de pedras intercaladas com tijolos, cuja posição privilegiada permite uma visão sem obstáculos da desembocadura do Estreito de Bósforo ao Mar Negro.
É possível voltar no mesmo barco, ou de taxi, ou de ônibus, linha 15A.
Neste passeio de barco pelo Bósforo, verifique o barco, porque a parte de baixo do nosso era infinitamente melhor em todos os sentidos, mas nos conduzem para a de cima, onde há um bar e vende-se pashiminas.
Na volta, descemos do ônibus em Sultanahmet Center.
Almoçamos no Al Fe Gida: Rokali ice berg salata (salada verde), Balik Kroket (croquete de peixe) e uma torta de maçã quente com sorvete de maçã.
. dia 09/05/2012 – 4ª feira – Çarsamba
A cidade é limpa, coloridíssima, muito agradável. Tão antiga e tão moderna e antigo e moderno convivem harmonicamente.
Santa Sofia e a Mesquita Azul ficam em lados opostos do Hipodromo ou At Meydani ou Praça dos Cavalos, num contraponto de grandiosidade.
Construída na época bizantina, por volta do ano 537 d.C., pelo Imperador Justiniano, foi desenhada por dois professores de geometria da Universidade de Constantinopla, Isidoro de Mileto e Antemio de Tralles, para ser o santuário da cristandande.
Observação: tenha com você um documento de identidade que não seja seu passaporte, porque na locação do áudio guide eles ficarão com este documento para restituí-lo na devolução do aparelho.
A Basílica de Santa Sofia tem três naves, uma central e duas laterias, com cúpula de 56 m de altura e 107 colunas. A área inteira da edificação ocupa 7.500 m², o que a coloca em quarto lugar no ranking das maiores do mundo depois da Catedral de São Pedro, em Roma; da de Sevilha e do Duomo, em Milão, já tendo tido a ‘Graça’ de estar em todas elas.
Além da imponência de sua arquitetura e de seus mosaicos confeccionados em ouro, uma curiosidade é a ‘coluna que chora’: dizem que quem colocar o polegar no buraco e conseguir girar a mão numa volta completa sem deslocar o dedo terá seu desejo realizado. E não é que nós conseguimos ???
Saindo de Santa Sofia, seguimos pela Yerebatan Caddesi, entrando na Bezciler S. para chegar ao Gran Bazar (Beyazit Kapali Çarsi), criado por Mehmet II, após a conquista da cidade em 1453. É o maior mercado fechado do mundo. Impressiona por seu tamanho e pela diversidade de produtos.
Embalados por uma música hipnótica, eles giram para atingir o êxtase, o transe.
Com a palma da mão direita aberta para cima, captam a energia divina. Com a da esquerda voltada para baixo, transmitem-na à terra. São como fio de ligação entre o Céu e a Terra.
Inicialmente, são cerca de 20 minutos de músicas e bênçãos, uma introdução ao ritual. Posteriormente, entram os 6 dervixes e, ao som de uma música instrumental sufi, corrente mística islâmica, começam o espetáculo de ‘rodopiar’.
São quatro ciclos de giros, cada um com seu significado espiritual.
Os dervixes estão para os turcos assim como os monges estão para os cristãos.
Na verdade, embora seja um espetáculo para turistas, é uma cerimônia de cunho religioso. Não se trata de um show, mas de uma cerimônia, Mevlevi Sema Ceremony – Istanbul dervishes – 800 anos de Tradição.
Durante o espetáculo, não se pode tirar fotos ou mesmo fazer barulho.
Todos os dias, exceto às 3as. e 5as. feiras, às 19:30 e às 21 horas.
Hodjapasha Hocapasa Culture Center
Ankara Caddesi Hocapasa Hamami Sokak, 3B
Encerramos o dia no Saray Restaurant & Café.
Seu nome oficial é Sultan Ahmet Camii, ou seja, Mesquita do Sultão Ahmet e impera, majestosa.
A Mesquita Azul é uma espécie de resposta do Sultão Ahmet (14º sultão otomano), que queria um templo que superasse a grandiosidade de Santa Sofia.
Todos os dias, das 9 às 17 horas.
Erguida em 1616, é um espaço claro, com 260 janelas, meio mágico, que ganhou o nome de azul pelos azulejos desta cor, que dizem ser no total de 21.043, que revestem as paredes e dão ao ambiente o tom celeste de serena religiosidade, em contraste com o vermelho intenso do tapete que reveste o chão, numa composição fascinante de cores.
Como a maioria das mesquitas, tinha sua própria Medersa, escola religiosa que ensinava o Corão.
Durante as cinco orações diárias, não muçulmanos são proibidos de entrar, fora destes períodos a visitação é liberada.
O muezim (Mu’adhdhin) é o encarregado de anunciar em voz alta, do alto dos minaretes, o momento das cinco preces diárias.
Os minaretes são as torres de uma mesquita, que há centenas de anos servem aos desígnios do Corão, difundindo os cânticos dos muezins, avisando que é hora da oração.
Nos tempos do Profeta Maomé, as chamadas às orações eram feitas do ponto mais alto que houvesse próximo a uma mesquita. Oitenta anos após a morte de Maomé surgiram os primeiros minaretes com mais de 50 m de altura.
De maio a setembro, diariamente, ao anoitecer, acontece um show de luzes e som, que conta um pouco da história e da cultura turcas, na Mesquita Azul, do lado de fora, onde há vários bancos.
Anexo à Mesquita fica o Pavilhão Imperial, onde se encontra o Museu de Tapetes Vakiflar.
Tomamos o Metro na Divanyolu Caddesi, linha Bagcilar – Kabatas, direção Bagcilar, indo até o ponto final, sem descer, apenas para conhecer um pouco das áreas não turísticas da cidade, vendo e sentindo um pouco da vida comum de Istambul, retornando em direção à Kabatas, descendo em Karakoy.
De Sultanahmet se pode cruzar o Corno de Ouro por diversas pontes, sendo a Ponte Gálata a que leva do bairro de Eminönü ao Porto de Karaköy, o mais antigo.
Quando o Palácio Topkapi foi abandonado pela dinastia, que se transferiu para o Palácio Dolmabahçe, a construção de uma ponte tornou-se inevitável, imprescindível.
A primeira ponte sobre o Corno de Ouro ligava Unkapani a Azapkapi. Depois uma outra ponte se fez necessária para ligar o centro da cidade a Gálata, do outro lado do Corno de Ouro e a Ponte Gálata foi, então, concluída em 1845.
A ideia de construí-la foi de Bezm-I-Alem, Valide Sutã ou Rainha-Mãe, razão pela qual o nome oficial da Ponte Galata é Ponte de Valide Sultan ou Ponte Nova, construída em frente à Mesquita Nova. Esta foi a primeira ponte de madeira, restaurada em 1863 e 1875, depois substituída pela atual, em ferro, construída pela firma alemã Thysen, em 1992, sua parte central eleva-se para a passagem de embarcações de grande porte.
Descemos em Karaköy para visitar a Torre de Galata, construída no ano de 528 pelo Imperador Justiniano, reedificada pelos genoveses em 1348, integrava uma muralha defensiva da região que conquistaram dos bizantinos.
Chamada pelos genoveses de Torre de Jesus, no período otomano foi usada como prisão (século XV), farol, armazém e posto de observação de incêndios. Nela ocorreu um dos mais surpreendentes momentos da história da cidade, no século XVII, ainda no período otomano: um cientista turco (Hazerfen Ahmet Celbi) saltou do alto da torre, usando asas por ele projetadas e construídas, indo até o outro lado do Estreito de Bósforo. A proeza foi recompensada pelo sultão com o exílio.
De elevador ou por uma escada espiral de 143 degraus, chega-se ao topo, onde há um mirante e a melhor panorâmica de Istambul.
Sobre seus 62 m há também um restaurante. Além do almoço, à noite há apresentações de dança do ventre e dos famosos dervixes rodopiantes.
Na estação Karaköy tomamos o Metro com destino a Kabatas.
Em Kabatas tomamos o Funicular, sistema de elevador, considerado o mais antigo metrô do mundo (1873), até a Praça de Taksim, coração da moderna Istambul, com suas lojas de grife, restaurantes, passagens, ruelas cheias de encanto.
Taksim quer dizer ‘central de distribuição de água’. Ainda se pode ver o reservatório original em pedra, além do Monumento à Independência, mostrando Ataturk e outros pilares da república turca moderna.
Na Praça de Taksim nasce a Avenida da Independência ou Istiklal Caddesi, na região de Beyoglu, avenida mais famosa da cidade, via de pedestres, onde os moradores passeiam nas manhãs de domingo, com intenso comércio nos dias da semana, lojas, restaurantes, confeitarias e galerias.
O nome antigo desta avenida era Grand Rue de Pera, nome do bairro na época em que os grandes edifícios em estilo ocidental foram erguidos, entre o século XIX e o começo do XX.
Nela se concentra a elite europeia em Istambul, já que os otomanos ocupavam Sultanahmet.
No nº 50-54 da Istiklal Caddesi, o Demirören Istiklal, um shopping, tal qual os nossos.
http://www.demirorenistiklal.com/
www.facebook.com/demiroenistiklal
Almoçamos no Dilek Pastanesi e foi bom.
Descendo a Istiklal Caddesi, as igrejas da Santíssima Trindade, maior templo ortodoxo grego da cidade, e a de Santo Antônio, Sent Antuan Kilisesi, maior igreja católica, no nº 171.
Santo Antônio, rogai por mim.
. dia 11/05/2012 – 6ª feira – Cuma
Não tivemos mais chuva, o tempo está bom e a previsão é que continue assim.
Neste dia, nossa primeira incursão foi à Direk Sarnici, a mais antiga cisterna de Istambul, onde funciona um bar-restaurante. Conhecida como a cisterna dos 1001 pilares.
Em seguida, tomamos o Metro, descendo em Eminönü.
Eminönü é um ‘hub’ de transportes para onde convergem carros, taxis, ônibus, trens e ferryboats e onde chegam os trens vindos da Europa.
Além da importância do bairro por seu movimento, suas ligações com outros bairros de Istambul, seus transportes, conta com atrações como a Mesquita Nova, o Bazar Egípcio, o Correio Central (Merkez Postanesi) e a Mesquita Rüstem Pasha (1561).
Retornamos ao Bazar Egípcio para comprar um mix de doces turcos.
Pela primeira e única vez, vimos uma mulher que nem os olhos tinha descobertos. A roupa preta a cobria por completo, contudo, o pano que cobria seu rosto deveria ser muito fino, permitindo que ela pudesse enxergar, creio eu, pois andava na rua normalmente.
Fizemos o caminho de volta de Eminönü para Sultanahmet a pé pela Divanyolu Caddesi e aproveitamos para comprar duas malas de mão, daquelas que não precisam ser despachadas, já que no domingo seguiríamos para Izmir, lado asiático da Turquia.
Nossas malas maiores ficariam em Istambul, já que retornaríamos na 4ª feira para na 5ª feira seguirmos para Madri.
Almoçamos no Baran Fish House, na Yerebatan Caddesi, nº 29, onde experimentamos um delicioso e gigantesco pão chamado ‘lavas’.
Depois do almoço, neste restaurante de peixes, bateu uma lombeira dupla (eu e meu marido), e foi irresistível tomar o caminho de volta ao hotel e à cama, afinal já estavamos no 14º dia de maratonas diárias.
Aqui se vê muito mais gatos do que cachorros.
Os gatos estão para eles como os cachorros para nós.
. dia 12/05/2012 – sábado – Cumartesi
Tomamos o Metro em Sultanahmet, descendo em Karakoy para, em seguida, descer, nesta própria estação, as escadas para tomar o Funicular Tünel, que funciona das 7 às 20 horas.
Voltamos ao hotel para nos preparar para nossa saída às 8:30 horas de domingo. O transfer nos levou ao aeroporto (Istanbul Atatürk International Airport – Atatürk Hava Limani). Nosso vôo, marcado para as 12 horas, com duração de 1 hora, nos levaria a Izmir, onde ficamos por três dias. Se estiver interessado, nos siga em Nosso Roteiro em Izmir – Turquia (Ásia).
A Plan Tours Travel Agency realiza vários tours além do Sightseeing Tours, dentro e fora de Istambul, um deles leva a Éfeso e à Casa da Virgem Maria, com opção de avião ou ônibus, outro a Pergamo e outros à Capadocia, a Pamukkale. http://www.plantours.com/
. dia 16/05/2012 – 4ª feira – Çarsamba
De volta a Istambul e ao Villa Hagia Sophia. Era como se estivessemos voltando para casa, para o nosso quarto, o mesmo, onde nossas malas já nos esperavam e, também, os dois travisseiros, que Melek Nur Küçer, gentilmente, comprou para nós.
Para encerrar nosso dia e nossa viagem à Turquia, em grandiosíssimo estilo, caminhamos até o Sarniç Hotel, na Sogukçesme Sokagi, em Sultanahmet, onde usufruímos do agradável ambiente de sua cafeteria, aguardando a abertura de seu restaurante, numa mágica cisterna romana de 1500 anos. Com altura de mais de 10 metros e 6 colunas de mármore sólido, foi restaurada na década de 80.
http://www.sarnicrestaurant.com/
. dia 17/05/2012 – 5ª feira – Persembe
Para aproveitar esta última manhã em Istambul, caminhamos por ruas próximas ao nosso hotel.
Entre os distritos de Cankurtaran e Kadirga, nas proximidades de Sultanahmet e às margens do Mar de Mármara, conhecemos a Küçük Ayasofya Camii ou ‘Pequena Santa Sofia‘, na Küçük Ayasofya Caddesi.
Segundo se conta, Justiniano I ia ser punido por ter participado de uma rebelião contra seu tio Justinos e que teria sido absolvido porque os Santos Sérgio e Baco teriam aparecido em sonho a Justinos testemunhando a favor de Justiniano I.
Depois que se tornou Imperador, Justiniano I construiu esta igreja em honra a São Sérgio e São Baco, século VI, transformada em mesquita no século XVI.
Conhecida como ‘Pequena Santa Sofia‘ por sua semelhança com a imponente Basílica de Santa Sofia.
E assim, nos despedimos de Istambul e seguimos para o aeroporto, às 14 horas, com destino à Madri.
“A Turista Acidental”,
Um pouquinho de história:
3. Região do Mediterrâneo:
3.01. Antalya*
3.02. Licia
3.03. Zante (Kinik)
3.04. Kas (Antifelos)
3.05. Kekova y Simena
3.06. Mira (Demre-Kale)
3.07. Olimpos
3.08. Faselis (Tekirova)
3.09. Termesos
3.10. Perge
3.11. Aspendos
3.12. Side
3.13. Alanya
3.14. Anamur
3.15. Corycos
3.16. Tarsus
3.17. Antakya (antiga Antioquia)
4. Região da Anatolia Central:
4.01. Ankara*
4.02. Capadocia
4.03. Nevsehir
4.04. Kayseri (antiga Cesarea)
4.05. Nigde
4.06. Konya (antiga Iconio)
5. Região do Mar Negro:
5.01. Amasya
5.02. Ordu
5.03. Giresun
5.04. Trabzon
6. Região do leste da Anatolia:
6.01. Erzurum
6.02. Kars
6.03. Agri
6.04. Van
7. Região do sudeste da Anatolia:
7.01. Diyarbakir
7.02. Urfa (antiga Edessa)
7.03. Mardin
7.04. El Monte Nemrut
7.05. Gazi Antep
Fundada em 657 a.C., Istambul foi sucessivamente capital de três grandes impérios: o Romano (de 330 a 395), o Bizantino ( de 395 a 1453) e o Otomano (de 1453 a 1922).
Batizada Bizâncio em homenagem ao chefe tribal grego Bizas, que conquistou a região, que durante mil anos se desenvolvera, tornando-se no ano 330 a.C. a segunda capital do Império Romano e no ano 395 a.C., com a divisão do Império Romano, na capital do Império Romano do Oriente, quando, então, o Imperador Constantino mudou-lhe o nome para Constantinopla, transformando-a num poderoso centro comercial de negócios com a Europa, especialmente Veneza.
O Império Otomano (Devlet-i Âliye-yi Osmâniyye, em turco-otomano) foi um Estado que existiu entre 1299 e 1922 e que no seu auge compreendia a Anatólia, o Oriente Médio, parte do Norte da África e do Sudeste Europeu, indo até Viena.
Só em 1903 veio a adotar oficialmente a designação atual, embora os turcos a chamassem de Istambul desde que o jovem Sultão Ahmed II, o Conquistador, aos 27 anos, conseguiu tomá-la em 1453, mesmo cercada de muralhas e considerada imbatível, mas caindo diante da tecnologia dos canhões.
Queda que, juntamente com a invenção da imprensa e a descoberta das Américas, foi um dos marcos do início da Idade Moderna.
Ahmed foi sábio e não destruiu a cidade, preservando a monumental Basílica de Santa Sofia (em grego Hagia Sofia, em turco Ayasofya, Divina Sabedoria), símbolo máximo de Constantinopla, erguida por Constantino no ano de 325, sobre os vestígios de um templo pagão, considerada por muito tempo uma das mais grandiosas igrejas cristãs.
Devastada por um incêndio, foi reconstruída dois séculos depois.
Em 1453, recebeu o acréscimo dos imensos minaretes e foi convertida em Mesquita e transformada em Museu em 1935.
A capital ganhou novas mesquitas e monumentos, que tiveram por modelo a grandiosidade de Hagia Sophia, a maior igreja do mundo em seu tempo.
As maiores atrações de Istambul são resultado exatamente do período de sultanatos do Império Otomano e de suas extravagantes e exóticas obras: mesquitas com seis minaretes, opulentos palácios com centenas de quartos e haréns, monumentos, hipódromo, cisternas gigantescas, escolas, parques, muralhas, …
Mustafa Kemal Atatürk foi o responsável pela transformação do Império Otomano em República da Turquia, após a 1ª Guerra Mundial, em 1923, e, também, seu primeiro presidente.
Única grande cidade dividida entre dois continentes, o europeu (Rumeli) e o asiático (Anadolu), visualmente a mais estimulante de todas as cidades.
A parte europeia, apenas 3% da área, concentra 60% da população.
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