BLUMENAU – SANTO AMARO DA IMPERATRIZ (SC) – OUT 2024

 

OKTOBERFEST BLUMENAU – de 09 a 27 de outubro de 2024

“Hallo Blumenau, bom dia Brasil, dezessete dias de folia, música, cerveja e alegria.

Hoje todo mundo está cantando, hoje todo mundo está dançando.

Festas para o povo da cidade, música pra nossa mocidade.” (Helmut Hoegl)

 

 

FESTIVAL BRASILEIRO DA CERVEJA BLUMENAU – de 12 a 15 de março de 2025

 

Em outubro/2018, fizemos um plano de hospedagem na Rede Plaza, o ‘Plaza Vacation Club’. Esta viagem foi realizada utilizando nosso direito de uso e tudo correu muito bem, desde as reservas nos hotéis da Rede até a hospedagem e o tratamento dispensado durante a hospedagem. https://www.plazavacationclub.com.br/entenda-o-programa/

O período escolhido foi de 13 a 25/10/2024, assim saímos em 13/10, domingo, voando Gol do RJ Santos Dumont – SDU (7 horas) x SP Congonhas – CGH (8 horas), em seguida, de SP Congonhas – CGH (9:15 horas) x SC Navegantes – NVT (10:25 horas). Excelentes voos, cumprindo rigorosamente os horários e com total tranquilidade nas decolagens, nos voos e nas aterrisagens.

Viajando sempre com o melhor companheiro de viagem que eu poderia desejar/ter: meu maridão, Jose Roberto.

Navegantes é o aeroporto comercial mais próximo da cidade de Blumenau, 55 km, que percorremos no Transporte Executivo cujo ponto é exatamente em frente ao Aeroporto com saída as 11 horas (R$ 60,00/pessoa). https://www.transportesexecutivo.com.br/

 

O Executivo nos levou até a esquina da Rua Sete de Setembro, onde, no nº 818, fica o PLAZA BLUMENAU HOTEL****, excelente localização, que nos permitiu basicamente fazer nossas visitas quase sempre caminhando.

www.plazahoteis.com.br / reservas@plazahoteis.com.br / 0800 7075292

Tanto o quarto quanto o banheiro são amplos e confortáveis. O café da manhã é bem farto e saboroso, servido em um ambiente bem claro e agradável. Os funcionários são muito atenciosos. O hotel oferece mapa da cidade e infinitos folders de atrações. Sentimos falta da tv pegar mais canais como ESPN e Premier.

Na nossa chegada, pós hospedagem, fomos até o Neumarkt Shopping, na própria Rua Sete de Setembro, no nº 1213, um bom shopping, onde almoçamos no Estação Massas, um Festival de nhoques, que amo.

Depois que tivemos nossas reservas confirmadas e fomos montar nosso roteiro de viagem, tivemos a grata surpresa de que os dias escolhidos coincidiam com a Oktoberfest Blumenau 2024, a maior festa alemã das Américas, de 09 a 27/10, da qual teríamos oportunidade de participar.

14/10/2024, 2ª feira

O grande ponto turístico da cidade é a Rua XV de Novembro, tida como Museu a Céu Aberto, no sentido de guardar a história da cidade que aí começou. No início da colonização se chamava Wurststrabe – ‘Rua da Linguiça’, uma referência à sua forma estreita e sinuosa. Atualmente, tem cerca de 1,5 km de extensão, iniciando seu percurso na Foz do Ribeirão Garcia, perto do primeiro paço municipal de Blumenau, se estendendo até a Foz do Ribeirão da Velha, desaguando no Rio Itajaí-Açu, próximo a atual Prefeitura da cidade, um prédio lindíssimo. Esse eixo marcou a cidade, tornando-se seu centro. Todo o desenvolvimento urbano se concentrou em volta dessa rua e de suas proximidades, o que explica a importância dela.

O nome ‘Rua da Linguiça’ foi mudado em 1890, quando recebeu a atual denominação. Seu traçado foi modificado pela última vez em 1902. No ano 2000, suas calçadas foram alargadas na revitalização.

Hoje, a rua chama mais atenção pelo seu lado cultural do que pela modernidade ou pelo comércio. Num passeio pela rua e notável as construções históricas, muitas das casas tombadas pelo patrimônio histórico, a maioria abrigava comércio no andar térreo e residência no andar superior.

Ao longo da Rua XV de Novembro é possível visualizar 13 casarões que receberam destaque dentro do projeto de reurbanização.

No nº 459, a Galeria Busch, onde o andar superior servia de residência para a família Frederico Guilherme Busch Júnior, primeiro proprietário da edificação e ex-prefeito municipal por duas gestões. A fachada se destaca pela grande presença de curvas nas sacadas, nas janelas e no frontão ornamental.

No nº 801, construído em duas etapas, o prédio era formado inicialmente apenas pelo pavimento térreo, onde funcionava o comércio de joias, relógios, óculos e cristais de Paul Husadel. O destaque se dá pela sua arquitetura com a transformação cuidadosa da madeira em elementos de extrema beleza. As peças carregam o capricho e a atenção dispensados em sua elaboração e compõem com as paredes claras, um harmonioso conjunto.

 

 

 

 

 

 

No nº 895, a Casa Borba.

No nº 955, a Catedral de São Paulo Apóstolo, aberta todos os dias, das 6 às 20 horas. Nossa primeira visita para começar a semana com as bençãos de Deus e a oportunidade de agradecer por nos proporcionar mais uma viagem.

No dia 20 de setembro de 1868, o Padre Antônio Zielinski benzeu a pedra fundamental da primeira igreja de São Paulo Apóstolo de Blumenau, projetada por Henrique Krohberger.

Com recursos reduzidos, a construção foi feita em etapas, tendo durado cerca de nove anos.

No dia 24 de dezembro de 1876, foi inaugurado e abençoado o templo religioso pelo Padre José Maria Jacobs. 

No dia 08 de fevereiro de 1878, Dom Pedro Maria de Lacerda, Bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro criou a Freguesia de São Paulo Apóstolo. No dia 02 de junho do mesmo ano, aconteceu a solene instalação. Ficava assim regularizada a situação jurídica e religiosa da Freguesia, entrando o respectivo vigário ‘na posse’ de todas as prerrogativas que as leis do Império e os cânones eclesiásticos lhe atribuíam. Passava a igreja local para a condição de Igreja Matriz da nova Freguesia. Sua torre possuía dois sinos, oferecidos pelo Imperador Dom Pedro II.

Em março de 1892, Padre Jacobs entregou a direção da Paróquia com sua Matriz, capelas e mais o Colégio São Paulo aos franciscanos alemães, para regressar à Alemanha. No dia 22 de maio, celebrou na Matriz sua missa paroquial e proferiu seu sermão de despedida, no qual exortava os fiéis a viver e morrer ‘na santa fé católica’.

Durante o Vicariato de Frei Daniel Hostins (1920-1926), fizeram-se modificações no corpo  da Igreja Matriz com o acréscimo das capelas laterais e alteração da estrutura da torre, para que essa suportasse o peso dos três novos sinos. Em 1926, durante a festa da Assunção, com a presença do Bispo de Florianópolis, as obras da Matriz foram novamente consagradas e, em 1927, foi dotada de um grande órgão.

 

No dia 17 de junho de 1928, foi realizada a cerimônia do ‘batismo dos sinos’, adquiridos para a Matriz, por Dom Joaquim Domingues de Oliveira. Pregou o evangelho, Frei Estanislau Schaette, que discorreu sobre a consagração dos sinos em português e alemão. Após a missa, os sinos foram consagrados pelo arcebispo, em três, mais pesados e bem maiores que os dois primeiros. Também um relógio, importado da Alemanha, foi colocado na nova torre.

No Vicariato de Frei Joaquim Orth (1945-1952), devido ao fato da velha Matriz já não poder acolher todos os fiéis, foi constituída uma comissão encarregada de construir um novo templo.

Construído em 1958, todo em granito rosa, pedras da região que foram transportadas em bloco pelo Trem Maria Fumaça, é um moderno templo católico.

No dia 19 de abril do ano jubilar 2000, com a criação da Diocese de Blumenau pela constituição ‘Venerabiles Frates’ do Papa João Paulo II, a Igreja Matriz São Paulo Apóstolo foi elevada a Catedral.

A torre, com seus 45 m de altura, conta com três aberturas em círculo que formam o campanário com seus três sinos acionados eletricamente: o maior (Jesus Cristo) com 510 kg, o médio (Maria Santíssima) com 350 kg e o menor (São José) com 200 kg.

Em solenidade realizada em 19 de dezembro de 2010 foi inaugurada as reformas no presbitério. Construída antes do Concílio Vaticano II e tendo sido elevada a Igreja Catedral, o suntuoso templo, especialmente o espaço litúrgico do presbitério ainda não se atualizara às novas orientações. O artista sacro Claudio Pastro, foi o criador do novo perfil arquitetônico-litúrgico. Entre as mudanças realizadas estão: a mesa da Palavra, que é feita com o mesmo mármore do altar; a cátedra episcopal, que caracteriza o lugar do bispo como mestre da fé; o crucifixo, fabricado em latão e banhado a ouro, que pende do teto sobre o altar e, por fim, a recondução do sacrário ao lugar original, logo atrás do altar.

A profusão da luz durante o dia vem dos enormes vitrais da fachada, da parte superior das paredes laterais e do vitral maior de todos, do chão ao teto, na parede lateral, à esquerda do presbitério, inundando de luz o altar com os símbolos: peixe, Cristo; uva, vinho, que se transforma em sangue; trigo, pão, corpo de Nosso Senhor; água, símbolo do batismo.

Nas paredes laterais, a 3 m de altura, estão distribuídas 16 rosáceas de 1,80 m de diâmetro cada uma com vitrais que trazem as estações da via-sacra, substituindo os quadros de parede. Além das 14 estações, mais dois vitrais completam 16 rosáceas laterais. Um representando a ressurreição, reafirma a convicção da Igreja que, depois do sofrimento, vem à luz, que nem tudo acaba com a morte, conforme palavras do próprio patrono São Paulo: “Cristo ressuscitou, nós também haveremos de ressuscitar’. O outro apresenta a vinda do Divino Espírito Santo.

A gigantesca rosácea com 8 m de diâmetro, rodeada de outras vinte menores, de 60 cm de diâmetro cada uma, reproduz a coroa de espinhos de Nosso Senhor, em fundo azul, com as gotas de sangue em vermelho, os espinhos em verde, além de pontos em ouro, significando o maná do deserto.

https://www.catedraldeblumenau.org.br/

No nº 1050, o Castelinho da Moellmann ou Castelinho da XV, construído em 1978 para sediar a Loja Moellmann, nomeada como Castelinho, idealizado pelo empresário Udo Schadrack e projetado pelo arquiteto Heinrich Herwig, réplica da Prefeitura de Michelstadt, cidade localizada ao Sul da Alemanha. Com todas as características de um prédio do século XV, o monumento é referência do turismo local. É um atrativo turístico muito visitado, segundo mais fotografado do Sul do Brasil. Além de ícone da cidade, o local é um confortável centro de compras.

No período de 2002 a 2007, o prédio abrigou a Secretaria Municipal de Turismo de Blumenau e o Conselho Municipal de Turismo. Em maio de 2007, após passar por revitalizações que mantiveram suas características originais, o prédio foi reinaugurado passando a ser sede das Lojas Havan.

O prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Santa Catarina (Iphan-SC).

No nº 1070, o Moellmann.

No nº 1080, Casa Flesch. Na década de 1970, a edificação foi adquirida pela Moellmann, que pode ampliar suas instalações.

No nº 1181, o Teatro Carlos Gomes, construído em 1939, possui um dos quatro palcos giratórios do Brasil com plateia para 1.170 pessoas. Oferece também escola de balé, teatro, dança, orquestra de câmara e Centro de Convenções.

No nº 1439, a Rekynt & Sabor Padaria, Confeitaria e Restaurante, onde fizemos uma parada estratégica para almoçar e aguardar a chuva parar.

No nº 1502, Livraria Alemã e Casa da Porcelana.

No nº 1526, Willy Sievert.

De volta ao hotel para um pit stop, saindo depois num Uber para visitar o Museu do Cristal de Blumenau – Mozart Unique Handcrafted Crystal, Rua Bahia, 4253, Salto Weissbach, uma fábrica de cristais artesanais, a única no mundo a produzir cristais em 9 cores. Uma experiência turística interativa e imersiva por todas as etapas de fabricação do cristal mais premiado do Brasil, que tem como encarregado técnico Frederico Strauss, que traz um legado familiar de 70 anos no mercado cristaleiro. Inclui um passeio por todas as etapas produtivas, tais como mistura, fundição, riscação, lapidação, polimento, qualidade e embalagem, trazendo um diferente olhar para as peças genuinamente artesanais.

de 2ª à 6ª feiras, das 9 às 16:30 horas; sábados, domingos e feriados, das 9 às 12 horas / www.mozartcrystal.com / www.ingressos.mozartcrystal.com

 

O motorista do Uber ficou nos aguardando para depois desta visita nos levar a Glas Park – Museu do Cristal, Rua Rudolf Roedel, 233, transversal da Rua Bahia, altura do nº 4601. que conta a história da arte de transformar areia e fogo em cristal e de todos os processos pelos quais passa o material. Apresenta raridades, como um rosário do século XVI e taças da Boêmia pintadas a ouro. Possui também um dos três únicos exemplares do livro ‘Arte Vitraria’, do século XV, uma das primeiras obras ilustradas sobre a arte do cristal.

de 2ª a 6ª feira, das 9 às 18 horas; sábados das 9 às 13 horas / cristaisdimurano.com.br

No retorno ao hotel, caminhamos até o nº 928, da Rua Sete de Setembro, até a Confeitaria Cafehaus, muito próximo ao hotel, onde é possível desfrutar de um buffet completo, seguindo fielmente as receitas tradicionais alemãs, incluindo uma variedade de pães frescos, bolos artesanais sobremesas e uma variedade de embutidos e defumados. Em um ambiente aconchegante e acolhedor numa atmosfera que remete às charmosas confeitarias da Alemanha. 

15/10/2024, 3ª feira

Em frente ao nº 876 da Rua Sete de Setembro, no ponto de ônibus, às 9:15 horas, tomamos o Blumenau by Bus, que, inicialmente, seguiu e parou para um pit stop na Praça Hercílio Luz. Nos tempos da colônia era o principal ponto de reuniões da cidade que não parava de crescer. Compreende o Marco dos Primeiros Imigrantes, o Monumento Voluntários da Pátria, Monumento com Poema de Lindolf Bell, o Museu da Cerveja e o Biergarten (Jardim da Cerveja) e do outro lado, o Thapyoka Blumenau Restaurante  & Choperia. Fomos até a margem do Rio Itajaí-Açu apreciar a vista. Haveria tempo para visitar o Museu da Cerveja, contudo, teríamos que descer do ônibus e nos dirigirmos diretamente ao Museu, cuja visita leva em torno de 30 a 45 minutos, com direito a lojinha ao final do tour. Mas, embora tivéssemos os ingressos para a visita ao Museu, como não fomos avisados pelo guia desta possibilidade, caminhamos por toda a área e deixamos para retornar para a visita. O restaurante só abre as 11 horas para almoço e são muitos os que lá almoçam, bem concorrido por pessoas que trabalham no entorno.

Seguimos, então, o passeio, rumo ao Museu da Hering e seu Outlet, na Rua Hermann Hering, um de cada lado da rua, no bairro Bom Retiro, um dos bairros mais antigos de Blumenau. O nome vem da tranquilidade que inspirava a região, que se estendia em torno do estreito vale por onde o Ribeirão Retiro passava. Situado na zona sul, próximo à zona central, ganhou destaque pela presença da Indústria Hering, fundada em 1880 pelos irmãos Bruno e Hermann Hering. O bairro guarda as marcas da colonização e industrialização da cidade. Marcas que são evidentes na arquitetura dos palacetes blumenauenses.

Um dos principais atrativos do bairro é sem dúvidas o Museu Hering, nele além da história da indústria, pode-se conhecer melhor o processo de formação da cidade e do bairro. Além disso, o Museu está instalado em uma casa típica alemã construída no século XIX, conhecida como enxaimel, tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado. No bairro também há a presença do Outlet da Hering, que fica quase em frente ao museu, um ponto turístico para compras.

O Museu nasceu em 2010 com o lançamento da exposição de longa duração ‘Tempo ao Tempo’. O projeto teve início com o restauro da histórica edificação centenária enxaimel, prédio da Antiga Costura, construído na década de 1920. Seu valor vai além de suas paredes, sendo oficialmente reconhecido como patrimônio estadual desde 2002. A história que guarda atravessa gerações e mergulha nos 144 anos de trajetória da Companhia Hering e da vestimenta mais básica dos brasileiros e brasileiras: a camiseta.

Em 1980, foi adquirido o imóvel que veio a se tornar a sede da Fundação Herman Hering, após a readequação realizada pelo arquiteto Hans Broos: o Castelinho.

Em 2019, foi inaugurado o Centro de Memória Ingo Hering.

Em 2021, o Museu inaugura a 2ª exposição de longa duração denominada “Um Novo Tempo”, cuja concepção se deu durante a pandemia.

Atua a partir de dois pilares: “Preservar a memória & cultura da moda” e “Moda que valoriza as pessoas”, ambos se destacam pela preservação e comunicação da história, com um olhar sensível à evolução da indústria têxtil e do mercado da moda, considerando o cuidado com o meio ambiente e a sustentabilidade.

De 2ª feira à sábado, das 10 às 16 horas. Fechado aos domingos. Acesso gratuito.

A guia do By Bus nos indicou na Rua Hermann Hering a casa em que residiu a família Dudalina, uma das marcas da moda de alto padrão do Brasil, que começou com uma história incrível de dois grandes empreendedores brasileiros, Adelina Clara Hess de Souza e seu marido, mais conhecido como ‘Duda’. Foi no ano de 1994, ao ser entrevistada por Jô Soares no programa Onze e Meia no SBT, que Adelina Hess de Souza mostrou ao país o motivo pelo qual era reconhecida como uma mulher à frente do seu tempo. Na presença do marido e de quatro das cinco filhas e onze filhos, a catarinense contou, como resumo abaixo, sobre sua vida pessoal e o início no mundo têxtil. Revelou também, segredos do empreendedorismo e lições de vida.

Começou a trabalhar com os pais aos 14 anos, em um armazém da família e já percebia novos métodos e coisas que podia mudar para alavancar os negócios. Anos depois foi nascendo praticamente um filho por ano, era preciso pensar em ganhar mais dinheiro para cuidar dos filhos. Então fizeram uma indústria de pequeno porte de camisas. Com o sucesso do pequeno negócio, Duda cuidava da loja e de uma fazenda da família, enquanto Adelina focava nos negócios da indústria e na família.

Duda ia a São Paulo fazer compras e um certo dia um libanês ofereceu para ele um lote de seda e o deixou pagar como quisesse, mas as cores e o tecido não tiveram aceitação. Porém, de tanto olhar para o tecido parado num canto da loja, Adelina teve uma ideia que mudaria para sempre o rumo da família. Pegou os tecidos, chamou costureiras e costurou camisas de modelo esporte, isso em 1957, e foi um sucesso de vendas. Ela sempre comprava camisas de outras indústrias, era chegado o momento de vender as próprias camisas. Começaram a ir mais vezes a São Paulo para comprar tecido e andar por algumas regiões para ver o que estava se usando, pois não tinha estilista. 

No início, as empregadas conseguiam costurar cerca de 3 camisas por dia, o que anos depois virou um negócio que vendia 300 mil camisas mês. E a marca Dudalina só cresceu de valor. A indústria chegou a liderar o ramo de camisaria no Brasil. Após a morte da mãe, uma das filhas foi responsável por apostar no mercado de camisaria feminina, grande sucesso da empresa, e viu o faturamento triplicar e o lucro multiplicar por 10.

Como gostava de colocar os filhos em boas escolas, precisava de recursos, então negociou shorts escolares com os internatos. Assim, conseguiu trocar as peças de roupas pelo valor da mensalidade de alguns filhos.

Nesse meio tempo, adquiriu o Hotel Himmemblau, localizado em Blumenau, e lá ficou por oito anos até passar a gerência para um dos filhos, assim como o controle da indústria de camisas. Procurando algo para se ocupar, teve a ideia de industrializar os retalhos dos tecido, que não lhe custavam nada, e começou a fazer colchas e peças de roupas de patchwork, era perfeito.

Em dezembro de 2013, a família vendeu 72,27% do capital empresarial para bancos de investimentos. De acordo com notícias da época, a empresa valia algo em torno de R$ 1 bilhão. Em 2014, foi anunciada a fusão com a Restoque (SP), que virou a maior varejista de roupas de alto padrão do Brasil. Com a incorporação, a marca deixou de pertencer à família.

Retornamos pela mesma Rua Hermann Hering em direção à Prefeitura Municipal de Blumenau e à Praça da Estação. O prédio da Prefeitura Municipal foi inaugurado em 1982, no local onde funcionava a sede da antiga Estação Ferroviária. A construção é uma imitação da técnica construtiva enxaimel. Seus 4 lados são iguais.

O passeio no Blumenau By Bus se encerrou na pista em frente à entrada da Vila Germânica, o que foi um pouco inesperado, não havia ficado claro para nós que o ônibus saía e retornava à essa pista, em frente à Vila Germânica.

www.bybusturismo.com.br   O City Tour Descubra Blumenau só ocorre pela manhã, começando as 9 e terminando as 12:30 horas. (R$ 50,00/pessoa senior)

Daí  um Uber nos levou de volta ao Thapyoka Blumenau Restaurante & Choperia, Rua XV Novembro nº 160, onde almoçamos. Este restaurante iniciou suas atividades em junho de 1988, como boate, numa antiga fábrica de fécula conhecida como tapioca, origem do nome. https://www.thapyoka.com.br/

Após o almoço, fomos realizar nossa visita ao Museu da Cerveja de Blumenau (MCB), na mesma Rua XV de Novembro nº 160, onde é contada a história da bebida e o processo de fabricação até os dias atuais. Inaugurado em setembro de 1996, conta com uma coleção de peças que pertenceram a antiga Cervejaria Feldmann, de Blumenau e acervos da Cervejaria Brahma. São peças antigas (objetos, fotografias, documentos e textos) mostrando equipamentos usados na fabricação de cervejas e contando a história do precioso ‘pão líquido’. Também mostra a história da Oktoberfest por meio dos cartazes das festas e canecas.

Aberto de 2ª a 6ª feira, das 9:30 às 17 horas e aos sábados e domingos, das 9 às 17 horas. Fechado no último domingo do mês. https://www.museudacervejadeblumenau.com.br/ https://www.museudacervejadeblumenau.com.br/ingressos/datas

Cerveja é muito mais que uma bebida, cerveja é conhecimento, história e acima de tudo, amor pela comunidade que construiu e ainda constrói nossa cidade. Prepare-se para um brinde através do tempo!

Voltamos caminhando e próximo do nosso hotel, na Rua Sete de Setembro nº 860, um cantinho perfeito onde retornamos muitas vezes, o Aroma Café, artesanalmente delicioso, ambiente encantador, produtos artesanais muito gostosos, doces caseiros saborosos. @cafeteria.aroma / f cafeteria.aroma /

16/10/2024, 4ª feira

Dia de conhecer a Vila Germânica, onde acontece a Oktoberfest Blumenau. Fomos de Uber, chegamos no horário de abertura, às 11 horas, já com o ingresso flexível, comprado com antecedência e que nos permitia escolher se a visitaríamos no domingo, na 4ª ou na 5ª feira, a R$ 11,00/pessoa sênior. https://oktoberfest.eleventickets.com/

Em 2 de setembro de 1850, 17 colonos alemães luteranos chegaram ao local onde atualmente está a cidade. Naquele ano, o médico farmacêutico e filósofo alemão Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau obteve do Governo Provincial uma área de terras de duas léguas (cerca de 9,65 km) para estabelecer uma colônia agrícola, com imigrantes europeus. Antes da chegada deles, viviam na região indígenas dos grupos kaigangs e xokleng. Eram habilidosos construtores de arcos e flechas e não tinham tradição agrícola. Aprenderam rápido a importância do metal para cortá-lo e utilizá-lo nas pontas de lanças e flechas, passando a atacar os acampamentos brancos em busca de artefatos metálicos. Na segunda metade do século XIX, grandes fazendeiros paulistas, criadores de gado, procuravam novas pastagens ao sul do Brasil, tendo encontrado, especificamente no Planalto Catarinense, o tipo de gramínea ideal para o gado. Atualmente, existe a ameaça da ampliação das reservas indígenas com a anexação da Serra da Abelha, região fértil na qual se localiza a última reserva de araucárias de Santa Catarina. Sem o vínculo ecológico, os Xokleng, pressionados por necessidades econômicas, poderão tornar estas áreas inóspitas, que, em breve, serão novamente insuficientes para seu sustento.

Inicialmente, a colônia era de propriedade do fundador, Dr. Blumenau, até a elevação da colônia à categoria de município, em 1880, quando a cidade recebeu italianos, russos e poloneses e também habitantes do Vale do Rio Tijucas, descendentes de portugueses. Dotados de habilidades técnicas, foram eles agricultores, artesãos, oleiros, carpinteiros, pequenos trabalhadores da indústria doméstica, os responsáveis pelo surgimento das incipientes indústrias familiares, embrionárias de grandes empreendimentos que se projetaram em diversos segmentos, especialmente no ramo têxtil. As personagens que continuaram essa história, ao lado dos luso-brasileiros, negros e nacionais, criaram as bases de uma nova sociedade, lançando mão do patrimônio cultural que trouxeram na sua bagagem. Decisivamente influenciaram na fisionomia econômica, social administrativa e intelectual, não apenas da região geoeconômica de Blumenau e do Vale do Itajaí, mas de todo Estado catarinense. Até 1934, o território somava 10.610 km², atualmente, 519,8 km². 38 novos municípios resultaram de sucessivos desmembramentos. O censo 2022 apontou que a cidade tem 361 mil habitantes. A cidade em decorrência do considerável aumento demográfico ganhou características cosmopolitas.

A Oktoberfest representa a cultura dos imigrantes – um pedacinho da Alemanha no Brasil – e ainda reforça a capacidade de superação do município. A origem da Oktoberfest é de Munique, na Alemanha. A festa foi promovida pela primeira vez no início do século XIX, a partir do casamento do Rei Ludwig I, na época ainda Príncipe, com a Princesa Theresa de Sachsen-Hildburghausen. A comemoração faz tanto sucesso que as tradicionais tendas existem até hoje, mas não somente no pais germânico. A primeira edição realizada pelo povo blumenauense começou por uma iniciativa da prefeitura com o auxílio da comunidade, após grandes enchentes que marcaram aquela década.

Denominado de Famosc nos anos 1960 e 1970 e de Proeb nos anos 1980 e 1990, o atual Parque Vila Germânica é palco de grandes festas, feiras e eventos marcantes. Construído e projetado para grandes acontecimentos, contempla um amplo Centro de Eventos composto por 4 setores, onde acontecem os shows, a partir das 18 horas, encerrando as 2 horas da manhã. Mais de 90 atrações subiram aos palcos, somando 354 apresentações. Além de uma série de bandas de Santa Catarina, muitas delas mais antigas do que a própria festa que celebrou 40 anos este ano. Quatro grupos internacionais confirmaram presença, três alemães e um argentino.   https://oktoberfestblumenau.com.br/programacao/ 

Uma Casa de Vidro pequena abriga o primeiro caneco de chopp da primeira festa de 1984 e o último Caneco, da última festa.

Também é possível encontrar os marcos das cheias de 2008 e 2011, quando o Rio Itajaí passou a marca de 12 metros do seu nível normal. Na Vila, propriamente dita, a água se elevou 1,5 metro.

Inúmeras são também as brincadeiras propostas. Uma das brincadeiras mais singulares da festa é o Chope a metro. A competição já estava presente em 1984 e nunca mais ficou fora da programação da festa. O chope, no entanto, agora é sem álcool. O objetivo é o mesmo: virar uma tulipa de 600 ml em um copo com um longo bocal, sem babar ou tirar a boca. Quem acabar primeiro, vence.

Trata-se de um complexo de arquitetura de inspiração europeia, que abriga o Empório Vila Germânica, que dispõe de restaurantes, diversas lojas de souvenirs, com produtos regionais e artesanato típico, aberto ao público o ano inteiro. São 26 mil m² de área construída, com espaços climatizados.

Fora da época da Oktoberfest é possível visitar a Vila Germânica gratuitamente e conhecer toda a fachada do lugar, além de aproveitar os restaurantes e lojas típicas do local.

Restaurantes das 11 às 23 horas; Lojas, das 10 às 20 horas, de 2ª feira à sábado e das 10 às 18 horas, domingos e feriados.

Duas lojas que recomendo: Caramuru @caramuru.santacosta / @issoesantacosta  e a Kunst Haus – A casa do artesão @kunsthaus-bnu / f kunst haus

FESTIVAL BRASILEIRO DA CERVEJA BLUMENAU – de 12 a 15 de março de 2025

Em 2025, o Festival Brasileiro da Cerveja comemora 20 anos e, pela primeira vez, o evento será organizado por membros do próprio mercado. O evento será uma verdadeira imersão no segmento, o maior encontro nacional de Cervejeiros. Serão 250 cervejarias. Serão 4 dias de Festival em um evento que reunirá ainda Festa, Feira, Seminário, premiação do Concurso Brasileiro da Cerveja e a intenção genuína de promover a cultura, impulsionar o crescimento do setor e divertir entusiastas e apaixonados por cerveja. FESTIVALDACERVEJABLUMENAU.COM.BR / @FESTIVALBRASILEIRODACERVEJA

 

À partir das 19 horas já estávamos a postos para ver o desfile da Oktoberfest ao longo da Rua XV de Novembro. Todos os anos mais de 3 mil pessoas atravessam a rua com seus trajes típicos, celebrando a cultura germânica e exalando felicidade. Os desfiles são praticamente uma Oktoberfest de rua, quando a festa sai dos pavilhões do Parque Vila Germânica e invade a tradicional Rua XV de Novembro, sempre regada a muita alegria, música, dança e claro, muito chope gelado. É a maior representação da cultura germânica em Blumenau. Ali participam grupos formados por amigos, entusiastas, clubes e grupos folclóricos, bandas típicas e bandas escolares, além de carros alegóricos. Há danças coreografadas, música e muito chope gelado. Da escolha do traje ao momento da concentração, as emoções afloram.

Se quiser participar usando um traje típico, busque Frida & Cia, www.fridaecia.com Veja como montar a vestimenta perfeita para a festa!

A Oktoberfest Blumenau 2024 começaria na 4ª feira, 9 de outubro, dia em que a Rua XV de Novembro receberia um dos desfiles deste ano, o primeiro de seis que estavam programados para as três semanas do evento, mas que teve que ser adiado para o sábado por conta da intensa chuva. Os desfiles ocorrem sempre as 4as feiras e sábados, a partir das 19:30 horas, nas 4as feiras e das 16 horas, aos sábados, com duração aproximadamente de 2 horas, nas quais você ficará em pé junto às grades que cercam as calçadas

No desfile será possível ver um personagem criado pelo ilustrador Luiz Cé no final dos anos 1970, o Vovô Chopão, que ilustrou os cartazes das primeiras nove edições da Oktoberfest e que veio a se unir, posteriormente, à Vovó Chopona.

*Ao final da viagem, fotos do Desfile na XV de Novembro que vale a pena dar uma olhada.

17/10/2024, 5ª feira

Mais uma vez retornamos a Rua XV de Novembro, desta feita até a Praça Dr. Blumenau, em frente à Praça Hercílio Luz, onde havíamos visitado o Museu da Cerveja, para visitarmos o Mausoléu Dr. Blumenau, inaugurado em 1974, ano do sesquicentenário da imigração alemã do Brasil. Guarda os restos mortais do fundador da cidade e de sua família: Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau  (1819 – 1899), Bertha Blumenaunn (1833 – 1917), Otto G. K. Blumenau ( 1874 – 1875), Christine Blumenau ( 1870 – 1938). 

“Retiro-me profundamente comovido desta minha bela pátria adotiva, em que passei os dias mais felizes como também os mais tristes da minha vida. Teria desejado deixar um dia minhas cinzas no torrão em que derramei muito suor, mas tenho de curvar-me aos ditames do destino.”

Em seguida, descendo pela ruazinha lateral, entre o Mausoléu e a Secretaria de Cultura, chegando ao pitoresco Cemitério dos Gatos e ao Parque Horto-Botânico Edith Gaertner, uma pequena floresta às margens do Ribeirão Garcia, utilizada pelo também botânico Doutor Blumenau para fazer pequenos experimentos. No Horto, há um busto de Edith Gaertner, atriz que marcou a vida cultural da cidade ao deixar para o município a casa que hoje sedia parte do Museu da Família Colonial, além do Cemitério dos Gatos.

Edith era uma mulher à frente de seu tempo. Nascida em Blumenau, no dia 22 de março de 1882, era sobrinha-neta do fundador da cidade Hermann Bruno Otto Blumenau. Muito independente para os padrões da época, aos 20 anos viajou para a Alemanha, onde cursou a Academia de Arte Dramática em Berlim, percorreu as principais cidades da Europa atuando em peças nos mais renomados palcos de teatro. Em 1924, retornou a Blumenau para cuidar dos irmãos. Edith tinha grande afeto pelos gatos. Ao morrerem, os felinos eram enterrados com direito a funeral, cortejo fúnebre e lapide. Com o passar do tempo, o local acabou se tornando atração turística e tema de programas de notícias de âmbito nacional. Aí encontramos lápides de nove gatos enterrados, devidamente identificados, embora contem que ela teria tido mais de 60 gatos.

O Museu da Família Colonial tem como endereço a Alameda Duque de Caxias, 78, primeira rua planejada da colônia, na época chamada de Caminho do Stadplatz. Em 1942, recebeu a denominação atual. As primeiras palmeiras imperiais, foram trazidas do Rio de Janeiro e plantadas no centro da bonita via, em 1876. Em decorrência deste fato, passou a chamar-se Palmenallee (Palmeira, em alemão). Como nós entramos pela parte de trás, a partir do Cemitério dos Gatos, para depois chegar ao Museu, saímos pela Alameda Duque de Caxias em lugar de entrar por ela e começar pelo Museu.

Quanto ao Museu, preserva um acervo de 6.200 peças do fundador de Blumenau, de colonizadores e suas famílias. São móveis, vestimentas, acessórios, utensílios domésticos e maquinários históricos e bem conservados. Nos fundos do complexo do Museu está o horto florestal, onde ainda se encontram árvores plantadas pelo fundador da cidade. O Complexo do Museu abrange 3 construções:

Casa 1: Edificada em 1858 para ser residência do imigrante alemão Hermann Wendeburg, referencial arquitetônico e histórico da administração da Colônia Blumenau. Após seu falecimento, a edificação foi adquirida pelo imigrante e advogado Paulo Schwartzer e mais tarde herdada pela filha Edith, que se casou com Otto Rohkohl, engenheiro da Estrada de Ferro de Santa Catarina. A última herdeira foi Renata Luiza Rohkohl Dietrich, que, em 1964, ciente da importância do imóvel para a história da cidade, doou a residência ao município. Assim, em seu interior, a casa abriga móveis e objetos das famílias Schwartzer, Rohkohl e Dietrich, que fazem parte do Museu da Família Colonial.

Casa 2: Localizada na antiga sede colonial, foi construída em 1864, em um dos primeiros lotes demarcados na antiga Colônia Blumenau. A edificação, sob a técnica construtiva enxaimel*, foi propriedade da família Gaertner, residência do comerciante e cônsul da Alemanha em Blumenau, Victor Gaertner, filho de Friedrich Gaertner e Emilie Blumenau e sobrinho do Dr. Blumenau. Veio para Blumenau e se casou com Rosalie Julie Auguste Sametski, conhecida por Rose Gaertner com quem teve 8 filhos. A última moradora da edificação, Edith Gaertner, filha de Victor e Rose Gaertner, doou a casa ao município e seu acervo ao museu. O Dr. Blumenau não chegou a viver nessa casa, ele vivia numa casa mais para o final do terreno, atrás das outras que foi destruída por uma inundação ocorrida em 1880. 

As 2 edificações foram tombadas pelo IPHAN e pelo Estado de Santa Catarina como Patrimônio Cultural Edificado em 29 de outubro de 1996, pelo Decreto 1.294.

*O enxaimel não é um estilo, mas sim uma técnica construtiva, trazida ao Brasil pelos imigrantes alemães, utilizada principalmente em regiões do Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A técnica se tornou um forQte elemento de atração turística. “O método construtivo enxaimel é a denominação dada à estrutura de madeira, que articulada horizontal, vertical e inclinada formam um conjunto rígido e acabado através do encaixe dos caibros de madeira. Somente.” (Angelina Wittmann) o ‘falso enxaimel’ é dito quando ripas de madeiras são coladas na fachada mas não correspondem a função estrutural, servem apenas como elementos decorativos para imitar a secular técnica construtiva.

Casa 3: Construída em alvenaria de tijolos maciços, pertenceu a Reinoldo Gaertner, sobrinho-neto do fundador da Colônia, Hermann Blumenau. Com apenas um pavimento e o sótão, preserva as características das antigas edificações, com telhado de acentuada inclinação coberto com telhas planas. Destacam-se as peças trabalhadas em madeira, presentes na varanda em L, que envolve a residência. A casa abriga em suas salas temáticas acervos diversos doados pela comunidade, tais como: objetos indígenas, instrumentos musicais, meios de transporte e máquinas da indústria local. A edificação foi tombada pelo Estado de Santa Catarina como Patrimônio Cultural Edificado em 29 de outubro de 1996, conforme Decreto 1.294.

Encerrada a visita a essa área turística, seguimos de Uber para o extremo oposto da Rua XV de Novembro, para a Estação Unifique, ao lado da Prefeitura Municipal. Em frente à Prefeitura um pequeno lago enfeitado com cristais de murano, lindíssimo, além de um coreto onde estava havendo um ensaio de músicas e danças de uma das escolas da cidade, que vive intensamente o clima da Oktoberfest.

A Estação Unifique abriga a Macuca, locomotiva que passou por uma reforma completa. Importada da Alemanha em 1908, chegou ao Brasil a bordo do Vapor Klobenz, que também trazia 800 toneladas de material para a Estrada de Ferro Santa Catarina. O apelido Macuca foi dado devido à semelhança com a ave macuco, pois o apito lembrava seu pio e o ruído da descarga de sua caldeira parecia com o som produzido pelas suas asas.

Na Unifique, todas as novas tecnologias estão instaladas no Cubo, um pequeno local inovador feito de metal e vidro, com 25 m², onde acontecem palestras, lives, projeções de filmes e vídeos, sempre apresentando o que tem de mais inovador. A Unifique também fez toda a automação da Estação, desde a iluminação cênica, som ambiente, câmaras de monitoramento com reconhecimento facial e ainda internet gratuita.

Almoçamos no Madrugão Garden, famosa rede de bares e restaurantes blumenauenses, fundada em 1999 e que oferece uma variedade de opções, desde tradicionais lanches e porções até um almoço especial. Possui sua própria fábrica de chope, a Oktobier. @estacaounifique /  @madrugadaogarden / @dubaiconfeitaria.bnu / @estacao_do_turista

Há a Dubai Cafe & Confeitaria e, ainda, um pequeno espaço com souvenirs: a mascote de Blumenau, a capivara; imãs temáticos, chaveiros, bolsas, camisetas, copos, canecos, cervejas artesanais, entre outros itens.

Voltamos para o hotel caminhando pela Rua XV de Novembro, uma rua recorrentemente atravessada a pé do começo ao fim e/ou do fim ao começo algumas vezes. Mais tarde, saímos e fomos até o Bar Floriano Peixoto para assistir ao jogo do Flamengo 0 x Fluminense 2, acompanhados de caipirinha de frutas vermelhas e bolinho de linguiça blumenau.

18/10/2024, 6ª feira

Tivemos um café da manhã especial com a apresentação de lindas crianças com músicas e danças típicas no Restaurante do próprio hotel.

Um Uber nos levou até o Museu de Hábitos e Costumes ou Museu da Família Colonial – Abriram-se as malas. “Os objetos dos museus, na maioria das vezes, são guardados em sótãos, malas, caixas … Ao saírem desses lugares e serem colocados à contemplação dos olhares dos visitantes, aqueles candelabros ganham luzes, os vestidos que não ditam mais a moda ganham movimentos, os sapatos percorrem jardins e estradas que hoje já não existem mais. Todos esses objetos, quando colocados em um museu, ganham vida, ganham alma. Ao serem ordenados e cuidadosamente colocados em vitrines, em expositores, saem do papel de coadjuvantes da história para se tornarem personagens principais de uma história, muitas vezes ainda não contada. Esses objetos são capazes de juntar fragmentos da história, que estavam espalhados no fundo de uma mala,  fazendo com que lembranças esquecidas se tornem histórias contadas. Se cada um desses objetos conseguir despertar algum tipo de sentimento, saudade, espanto e até mesmo estranhamento, o museu já conseguiu cumprir com o seu papel, fazendo com que as pessoas reconheçam suas vidas nos fragmentos das histórias existentes nesses espaços. O Museu é um jardim de memórias, com o desafio de fertilizar a vida de seus visitantes, contribuindo com as imbricações entre suas histórias passadas e as histórias que ainda serão contadas.” (Carolini Canuto Corrêa)

Este espaço museológico apresenta um significativo acervo do universo de vestir, costurar, brincar e morar vivenciado a partir do século XIX. O casarão, edificado em 1898, era de propriedade do Cônsul Alemão Gustav Salinger. Além de residência do empresário, no pavimento superior, serviu para seu comércio de importação e exportação, no andar térreo. Na década de 30, sediou o Banco Nacional do Comércio, onde preserva até hoje um majestoso cofre.

Tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, a edificação em estilo Neoclássico constitui-se num ícone de pertencimento dessa sociedade.

Grande parte do acervo foi reunido e doado pela Sra. Ellen Weege Vollmer e famílias blumenauenses. São acervos indumentários masculinos e femininos representados por chapéus, acessórios diversos, brinquedos e objetos de uso doméstico que, individualmente ou em conjunto conduzem a uma identificação do universo de hábitos e costumes ali referenciado em seus diferentes contextos históricos, culturais e sociais.

Um novo Uber e o destino foi o Park Europeu, muito bom Shopping, na Via Expressa Paulo Fritz Kuehnrich, no bairro Itoupava.  Almoçamos no Galeto Mamma Mia: sopa de capelete, galeto, massa e molho à escolha, salada de batata, radicci com bacon, polenta frita e de sobremesa uma deliciosa compota de abóbora nos surpreendeu.

Nesse Shopping, no Piso 1, o Armazém da Madeira, trabalhos belíssimos em madeira. armazemdamadeiramoveis.com.br

19/10/2024, sábado 

O dia começou com uma visita monitorada, às 9:30 horas, seguida de uma apresentação musical, às 10:30 horas, na Igreja do Espírito Santo, primeira Igreja Luterana construída no Vale do Itajaí – núcleo da Colônia Blumenau, num terreno à meia colina, doado pelo Dr. Blumenau à Comunidade Luterana. A edificação faz parte dos Roteiros Nacionais da Imigração. Rua Amazonas, 119 – Garcia.

No concerto do dia ficamos conhecendo a trompa alpina, um instrumento tradicional dos Alpes suíços, conhecido no país desde o século XVI. Era usada pelos pastores da época para se comunicar, além de fazer música e para reunirem as vacas nas pradarias dos Alpes e mantê-las calmas durante a ordenha. Feito de madeira oca de abeto, tem mais de 3 m de comprimento, podendo atingir os 4 m, e terminam numa campânula ligeiramente virada para cima. Concerto desse sábado foi com Luiz Lenzi & Helder Cadore. Luiz Lenzi, inclusive, além do trombone, nos proporcionou ver ao vivo e a cores e sonoridade da Trompa Alpina. Foram executadas as seguintes músicas: Fantasy form Trombone (James Curnow); Cinema Paradiso (Ennio Morricone); Vou vivendo (Pixinguinha); Num Fio Só (Helder Cadore); Toreador’s Song (George Bizet) e Amazing Grace.

O Pastor Oswald Hesse chegou a Blumenau em 23/07/1857, celebrando o primeiro culto em 09/08/1857, no Galpão dos Imigrantes. Em 1858, foi construída a Casa Pastoral. A Igreja foi projetada no estilo neogótico, com planta octogonal do engenheiro-arquiteto alemão Heinrich Krohberger. A construção, com fundos do Governo Imperial, teve inicio em 1868, com o lançamento da pedra fundamental e o plantio de duas palmeiras imperiais em frente à porta principal da Igreja pelo Sr. Victor Gartner, sobrinho do Dr. Blumenau. Em 08/02/1874, a chegada do sino foi comunicada durante o culto. Em 23/09/1877 aconteceu a inauguração. A concepção estrutural chama atenção pelo sistema de alvenarias autoportantes e toda a estrutura de madeira das abóbadas, contrafortes, arcos ogivais e o belíssimo telhado. De 1927 a 1932 aconteceu a primeira grande reforma, com a construção da Sacristia e a Torre para os Sinos, projeto do engenheiro-arquiteto alemão Franz Von Knoblauch. Tão impactante quanto a arquitetura, são os ícones artísticos: três sinos alemães de Bochum; relógio (1932); órgão fabricado por Guilherme Berner (1933); três vitrais menores – alemães de Zittau (1927); dois grandes vitrais da Casa Conrado (segunda metade do século XX) e o altar, púlpito, lustre e bancos – especial trabalho de marcenaria de 1927. A Igreja sofreu tombamentos Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; Histórico e Belas Artes.

Na Igreja do Espírito Santo, os sinos tem uma história rica e significativa. Sinos tem uma longa e diferente tradição junto aos povos. Na Igreja Cristã, o som dos sinos chama para a oração e convoca as pessoas para as celebrações. Ao ouvir o sino, as pessoas são animadas para a comunhão com Deus e lembradas que formam uma comunidade, que podem se unir em pensamento e oração. No Brasil, as igrejas não católicas, não podiam ter torres e nem sinos nelas até a Proclamação da República em 1889. Por isso, a torre dessa igreja só foi construída em 1932, um marco importante. Antes disso, o sino ficava na ‘Casa do Sino’ nos fundos da igreja. E, desde então, os sinos fabricados em Bochum, Alemanha, adquiridos em diferentes datas, sendo o mais antigo de 1873, foram colocados no campanário da nova torre de onde soam sobre o centro histórico três vezes ao dia para agradecer pelo presente da vida, para agradecer pelo pão de cada dia e para agradecer pelo vivido e a colocarmos tudo nas mãos de Deus.

Fomos até a Igreja de Uber, mas voltamos caminhando. 

À noite fomos jantar no Rooftop Trezze, o bar mais alto da cidade, na cobertura do Stein Office, na Rua Sete de Setembro, 777 – 13º andar. Aí experimentamos uma deliciosa coxinha de lagosta, recomendamos. De 5ª feira à sábado das 19 às 2 horas da manhã. (47) 99136-2407

20/10/2024, domingo a 25/10/2024, 6ª feira  

Dia de nos despedirmos de Blumenau e pegar a estrada rumo a Santo Amaro da Imperatriz, município da região metropolitana de Florianópolis, onde ficamos no Plaza Caldas da Imperatriz Resort & Spa, Rodovia Princesa Leopoldina 3355, incrível refúgio no coração da Mata Atlântica da Serra do Tabuleiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

Nosso transporte em 20/10/2024, de Blumenau ao Plaza Caldas da Imperatriz Resort & Spa (156 km) e em 25/10/2024, do Plaza ao Aeroporto dos Navegantes (109 km) foi feito pelo Sr. Charles, da Lamounieu Transporte Executivo (48) 99959-7714, num BYD, 100% elétrico, ultra mega confortável. Recomendamos muito.*****

São 149 acomodações, todas com banheira com água termomineral, que também está nas piscinas e no SPA. A água que não é termal é das caldeiras.

De acordo com a Associação de Turismo Hidrotermal de Santa Catarina, a estância possui a segunda melhor fonte de água termal do mundo em qualidade. Quem fica com o primeiro lugar é a fonte de Vicky, na França. Ainda segundo a Associação, Santa Catarina é um dos estados com o maior número de fontes hidrotermais, aproveitadas em 14 estâncias turísticas.

O Plaza Caldas da Imperatriz Resort & Spa é um hotel localizado em uma base de vulcão extinto, estima-se que tenha sido um vulcão a 590 milhões de anos atrás.

 

O hotel conta com o Restaurante Le Bon Gourmet, Lobby Bar, Bar da Piscina, Spa, Salão de Beleza, 3 piscinas internas e 3 externas com água termomineral, deck ao ar livre com 5 ofurôs com água mineral, sauna seca e úmida, jardins, salas de tv, de leitura, de jogos e de estar, fitness center, Plaza Shop, campo de futebol suiço, pista de cooper, quadra de beach tênis, quadra de tênis de saibro, playground, lago para pesca, ponte pênsil, salão campestre, feira de artesanato, orquidário, oratório, sala de educação ecológica, observação de aves e borboletas ao ar livre, trilha interpretativa, trilhas ecológicas, recreação infantil e adulta, atividades de aventura com a Apuama Rafting e Ecoaventuras (pagas a parte):

Arvorismo, Rafting, Tirolesa, Expedição Cânion Preto, Caminhada ao Pico do Tabuleiro, Caminhada à Cachoeira do Rio Vermelho, Rapel na Cachoeira Rio do Santo, Rapel na Cachoeira da Ressurreição, Canionismo, Tiro ao Alvo, Voo Livre de Parapente.

A Apuama vai além dos esportes de aventura e da adrenalina de vencer algum desafio, ela oferece várias opções de atividades com diferentes dificuldades para todas as idades, de crianças até a melhor idade, incluindo pessoas com deficiência (atividades com riscos minimizados). A equipe é formada por instrutores habilitados e preparados para aventuras divertidas e seguras.

(48) 99148-5865 / @apuamarafting / facebook.com/apuama / apuamarafting.com.br / https://apuamarafting.com.br/blog/

No Plaza Caldas da Imperatriz, é possível desfrutar de um ecoturismo envolvente junto à exuberante Mata Atlântica da Serra do Tabuleiro, acompanhado por biólogos, explorando trilhas interpretativas, observando aves raras e aprendendo sobre a fauna e flora local. Banhos de cachoeira e uma área de educação ecológica que enriquecem a experiência. Tudo isso em um cenário natural extraordinário.

As águas termais do Plaza Caldas da Imperatriz são um santuário de saúde e renovação. Aquecidas naturalmente e ricas em minerais, aliviam dores, reduzem inflamações e melhoram a circulação, oferecendo uma pele mais saudável. Esses banhos termais não apenas relaxam o corpo, mas também acalma a mente, contribuindo para uma melhor qualidade de sono e um estado geral de bem-estar e felicidade.

No Plaza Caldas da Imperatriz, cada refeição é uma celebração de sabores, um café da manhã recheado de delícias para começar o dia, almoços que são verdadeiras viagens culinárias, lanches da tarde para energizar seus momentos de descanso e jantares elegantes para fechar o dia com chave de ouro, uma experiência gastronômica excepcional, onde cada prato é preparado e apresentado com o mais alto padrão de qualidade e criatividade, além de um serviço show de bola, garantido pelo Rivelino e toda uma equipe atenciosa e eficiente. Esse Pudim de Nozes foi o meu destaque: não conhecia e como gosto muito de nozes, não poderia ter surpresa mais saborosa.

A melhor época para aproveitar Santo Amaro da Imperatriz, águas termais e suas belezas naturais é do final de março ao meio de junho e, depois, de agosto a dezembro. O verão é quente e abafado e o inverno não tem temperaturas inferiores a 7ºC. Na região pode chover durante todo o ano.

 

 

 

 

 

 

Pouco antes do Plaza, na mesma Rodovia Princesa Leopoldina 3333, está um hotel que o precedeu naquela região, ainda em funcionamento, pertencente ao Governo Estadual, o Hotel Caldas da Imperatriz, senão vejamos o que nos diz a história:

Os primeiros registros sobre a existência de águas termais na margem do Rio Cubatão foram feitos por Loccok, em 1809, que revelou ocorrência de águas parecidas com as de Harrogate (Estância Termal Inglesa), de considerável temperatura. Em 1812, algumas garrafas dessas águas foram levadas para a Corte e em 1813, o Governo Imperial tomou conhecimento de que habitantes vinham em busca dessas águas para alívio de suas doenças. Alguns, inclusive, construíram choças para permanecer no local por mais tempo. Constatada a existência de tribos indígenas que destruíam tais instalações rústicas ali improvisadas, o Governo Imperial destacou um contingente policial para guardar o local que, em 30 de outubro de 1814, foi dizimado pelos índios.

Somente em 1818 as fontes foram retomadas dos índios por ordem do Governo João Vieira Tovar de Albuquerque, que fez o seguinte pronunciamento oficial, a 2 de fevereiro do mesmo ano, do qual destacamos o seguinte trecho: “Temos entre nós um manancial de beneficência pública e havemos de privar o público, a Nação e, enfim, a humanidade deste presente que nos confiou a natureza? Ah! Não. Cidadãos generosos, o rico tesouro de águas termais que temos em frente a nossa vista, mas coberto por obstáculos, deve franquear-se a todas as gerações de um modo fácil e digno de vós. A posteridade gozando do seu benefício deve apontar com o dedo e exclamar: Isto se deve aos Catarinenses e honra os benfeitores da humanidade.”

Em seguida ao apelo do Governador catarinense, o Rei João VI fez baixar um decreto, no dia 18 de março de 1818, determinando a construção de um hospital, o que é considerado a primeira lei de criação de uma Estância Termal no Brasil. A partir desses atos oficiais, foi determinada a construção provisória de alguns leitos, destinados a abrigar o grande número de enfermos que utilizavam das já conceituadas águas.

Decorridos alguns anos, em 1835, através da Lei Provincial nº 13, do dia 12 de maio, foi atribuída a execução do empreendimento, criado por Decreto Imperial à Câmara Municipal de São José. Face a impossibilidade da Câmara concretizar a obra, a Assembleia Provincial, através da Lei nº 164, de 18 de março de 1842, encarregou o Presidente da Província de executá-la com recursos do Governo conseguidos através de diversas loterias autorizadas especialmente para este fim. Em 1844, entre outros recursos obtidos de doações, foram recebidos do Governo Imperial 2.000$000 réis e de S.M. a Imperatriz 400$000 réis, oportunidade em que ela aceitou o título de Protetora do Hospital Caldas, permitindo que essas se denominassem Caldas da Imperatriz.

No povoado havia a Capela de Sant’Ana que foi ficando pequena, procurando o povo outro local para a construção de uma Igreja Matriz, contudo, o que não se esperava era que, com a mudança de local, viesse a mudança da padroeira e, também, do nome da cidade. Não se sabe quem encomendou a imagem de Santo Amaro, onde foi feita e quem a remeteu para a sede do Arraial de Sant’Ana do Cubatão. A imagem inclusive foi guardada durante meses pelo padre, a fim de ser entregue a quem a reclamasse. Contudo, concluída a nova Igreja e como ninguém a tivesse reclamado, a imagem foi entronizada e o Arraial passou a denominar-se Santo Amaro do Cubatão, substituída em virtude de um Decreto Federal de 1941 pela qual deveriam ser eliminadas duplicatas de nomes de cidades e vilas em todo o país. Assim, o nome de Santo Amaro ficaria com a Bahia e as de Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul passaram, respectivamente, para Santo Amaro das Brotas, Santo Amaro de Campos, Queluzinho e Amarópolis.

A comunidade organizou um abaixo-assinado ao Governo propondo duas alternativas: Santo Amaro do Cubatão ou Santo Amaro da Imperatriz. No último trimestre de 1948, o Diário Oficial publicava a nova designação Santo Amaro da Imperatriz.

No período de construção do hospital, em 1845, nos dias 29 a 30 de outubro, as Caldas da Imperatriz receberam honrosa visita do Casal Imperial D. Pedro II e D. Tereza Cristina, que ali pernoitaram, conheceram as fontes e a excelente qualidade das águas.

A construção do prédio de 13 quartos e 6 banheiras se prolongou por alguns anos, tendo em 1850, uma parte concluída e iniciada sua ocupação, em caráter precário, até 1855, quando foram concluídas as instalações e montado o mobiliário. Nesse ano, já estavam instaladas as 6 banheiras de mármore Carrara, existentes até hoje, em condições perfeitas e em uso permanente.

Através da Lei nº 344, de 10 de junho de 1958, foi criado oficialmente o Município de Santo Amaro da Imperatriz, cuja instalação se deu no dia 10 de julho do mesmo ano.

O Hospital funcionou até um pouco antes de 1920, atravessando nesse período fases de grande movimentação e outras de completo abandono. As endemias rurais surgidas no período desencorajavam seu desenvolvimento.

Por volta de 1920, foi procedida uma ampla reforma do prédio original, passando a funcionar como hotel em regime de arrendamento. Iniciou-se também, a partir dessa data, o engarrafamento da água e sua distribuição em Florianópolis.

Em 1932, foram concluídas as obras de um prédio anexo com mais 22 quartos e restaurante, sob a orientação dos arrendatários, até o ano de 1976, quando a Companhia Hidromineral Caldas da Imperatriz, a qual atribuiu a administração da Estância Termal – Hotel Caldas da Imperatriz.

No restaurante você encontra almoço servido a partir das 11:30 horas e um delicioso café colonial a partir das 17 horas, para hóspedes e visitantes.

www.hotelaldas.com.br

Continuamos caminhando e chegamos ao Parque Aquático Caldas da Imperatriz, entramos e fizemos uma visita. Em seguida, o Fontanário Caldas da Imperatriz e todo tempo pessoas trazendo seus galões para buscar água.

Na estrada, no caminho para Navegantes, ficamos impressionados com a enorme quantidade de prédios sendo construída em Itapema.

Decolamos em 25/10, 6ª feira, voando Gol de SC Navegantes – NVT (11:40 horas) x SP Congonhas – CGH (12:50 horas) e de SP Congonhas – CGH ( 14:30 horas) x RJ Santos Dumont – SDU (15:35 horas). 

* fotos do Desfile na XV de Novembro